Há entrevistas assim: aprendemos tanto que chegamos ao fim e temos de reler tudo, para ter a certeza que não esquecemos. Esta conversa com a Cristina abre tantas portas que dava pano para ainda mais mangas. Mas ficam para a próxima.

Então a primeira pergunta é mesmo essa: como educar uma geração que nasceu em plena sociedade de consumo?

Curiosamente, eu diria que isto começa com uma questão de liderança. Se não desenvolver a sua capacidade para impactar o outro, como é que vai educar alguém? E istocomeça com o adulto. O adulto está rodeado de objetos. E isso retira-nos a consciência das nossas necessidades em prol dos nossos desejos.

Um desejo não é uma necessidade?

Não. Muitas vezes em terapia, recorro a esse exercício de separar necessidades de desejos. Por exemplo: é uma necessidade de um adolescente sair e conviver com pessoas da idade dele, que é importante para o seu crescimento. Querer sair à noite todos os dias é um desejo. Para os pais, ele vai sair à noite e eu como mãe tenho necessidade de saber onde é que ele está. Um desejo é que ele nunca saísse ou que chegasse às 10 da noite. E quando percebemos a diferença entre uma coisa e outra, percebemos como orientar a vida.

E como é que percebemos isso?

Quando recorro a objetos para tudo, acho que esses objetos vão resolver todos os meus problemas. Se eu retirasse essa super-estimulação e esse excsso da minha vida, aí começo a perceber quais são de facto as minhas necessidades: necessidade de empatia, de descanso, de ser solidária… A sociedade de consumo arranja-me objetos que substituem essas necessidade, que eu posso adquirir, e que me apagam o termómetro interno que me orienta para as minhas necessidades.

Como é que tudo isso afeta o Natal?

Primeiro problema: o presente já não tem impacto, porque os miúdos são presenteados todos os dias, e portanto já não existem ocasiões especiais e o ser presenteado tornou-se uma adição. Isto é terrível. Claro que depois o Natal sobre a parada a níveis cada vez mais altos. O presente vem de uma tradição cristã, mas já agora deviamos cumprir a simbologia de dar apenas um presente, ou oferecer pequenas coisas, até porque o salvador do mundo não precisa de nada. Segundo ponto, a criança recebe presentes todos os dias porque em todo o lado há produtos para oferecer às crianças, dos supermercados aos CTT.

A criança nem tem tempo para desejar…

Tal qual. Portanto, há uma sobrecarga que provoca uma fragmentação emocional na criança. Ela nem chega a ter tempo de saber quais são as suas verdadeiras necessidades. Por força dessa abundância de objetos, fica menos focada na atividade, na dinâmica e no jogo, naquilo que é importante na brincadeira, e mais na sofisticação dos objetos.

Os brinquedos já vêm brincados?

Precisamente. E paradoxalmente, diz-se que é para estimular a inteligência das crianças! Ora isto não faz sentido nenhum!

Mesmo hoje com a crise continuam a receber esse nível de presentes?

Continuam. Precisamente por isso, quando não recebem, isso provoca crises de privação. Se uma criança ou um adulto que sempre teve tudo de repente deixa de ter, isso provoca crises disfarçadas das mais variadas formas. Porque a mensagem subliminar que foi transmitida é que eles precisam de todas estas coisas para serem felizes. Vivemos numa indústria da felicidade: se comprarmos isto, seremos felizes. E na verdade sou: durante cada vez menos tempo. As mensagens subliminares são: sou infeliz com o que tenho; sou o centro do universo; quero e quero já; os brinquedos conseguem resolver os meus problemas; comprar é importante; e comprar é divertido. Quando a minha necessidade de me divertir passa por comprar, isto torna-se muito complicado. Mas quem é que cria tudo isto? Os adultos.

Como é que isto se resolve?

Uma necessidade interna só vai ser resolvida por um mecanismo interno: um momento de solidão, de introspeção, um luto, o que seja. Veja outro paradoxo, as pessoas pagam por retiros onde se cobra uma fortuna para voltar ao que é essencial…

Voltando às necessidades…

Se eu escolher as necessidades do meu filho mais do que os seus desejos, ele aprende o que é prioritário: a saber o que na verdade importa, interiormente. E os pais não têm de ter medo disto. As crianças já nascem curiosas e cheias de vontade de aprender. Não precisamos de distraí-las com presentes caríssimos e complicadíssimos, porque isso paradoxalmente torna-os distraídos e inquietos, faz com que se aborreçam facilmente. E depois queixamo-nos que eles têm falta de concentração…

Temos de voltar a deixar que se aborreçam?

Temos de voltar a permitir o tédio e o silêncio, precursores da criatividade. Achamos que dar mais é a solução para o sucesso e para a felicidade, mas é o oposto. Eles deixam de se encantar com o mundo. Sem encantamento não há interesse, sem interesse não existe aprendizagem, sem criatividade não há descoberta e sem descoberta ninguém aprende. Por isso é que eles têm por vezes tantas dificuldades de aprendizagem.

Então como manter o encantamento do natal?

Se queremos que eles se encantem, temos de eliminar a maior parte dos presentes. Com tantas opções, ficam sem tempo para perceber o que de facto querem, para refletir, para explorar.

Mas vá dizer isso aos avós…

Está bem, mas os pais é que gerem a vida dos seus filhos… Se eu não tenho uma palavra a dizer sobre a forma como gostaria que os meus filhos fossem educados, então há aqui alguma coisa que não está bem. E muitas vezes isto é uma desculpa. O principal é os pais terem consciência do que é certo e errado. Quem sabe o que quer, está seguro. Muitas vezes o que está subjacente a isto é a ascendência dos pais sobre filhos já adultos. Quem é que é o líder da família?

Isto dava toda uma outra entrevista…

Pois dava. Mas na verdade, não são os avós o grande problema, quando muito são mais dois presentes. Vou-lhe contar uma história pessoal: certa vez, quando o meu filho Tiago tinha 7 anos, eu e o pai decidimos fazer uma limpeza ao quarto dele. Enchemos dois sacos de plástico daqueles de 100 litros. E isso para mim foi muito chocante, porque não tinha noção da quantidade de coisas que ele tinha. Então decidi que a partir desse dia eu não queria que família e amigos enchessem os meus filhos de presentes. Falei com todos e disse-lhes ‘este ano eu e o pai vamos dar um presente aos miúdos, também não vou tirar esse gosto aos avós, mas fica-se por aí. Porque o natal é tudo menos isto’. Houve anos em que ofereci um único brinquedo mais caro aos meus filhos e eles aprenderam a partilhá-lo.

E não protestaram?

Não. Lá está: quando são pequenos, nós pais temos um poder muito grande sobre eles e por isso é que também é fácil fazer isto. Se não fizermos um grande drama, eles também não fazem. E também se forem mais velhos, tudo se explica. Aquilo que começámos por falar nesta conversa, a importância de liderar, também se mostra nestas ocasiões. Problema: nós hoje estamos sempre à espera de aplausos, de ‘likes’. Mas liderar não é isto. Há coisas que não vão ser bem recebidas no momento e não podemos estar à espera disso. Eu se for político, não posso tomar decisões com base nos votos que possa ter. Tenho que fazer aquilo que acho melhor para o país e para as pessoas. Mas hoje temos uma parentalidade muito insegura.

Porquê?

O mundo ficou muito complexto nos últimos tempos. Houve muitas mudanças sociais, muito rápidas, e nós ainda estamos a ajustar-nos. A Geração X, os Millenials e a Geração Z ainda estão todas à procura de respostas, porque nunca na história da Humanidade e da parentalidade houve mudanças tão drásticas e tão rápidas como agora. Durante séculos, educar foi sempre a mesma coisa, hoje cada família tem a sua teoria e muda de teoria todos os dias. É normal que nos sintamos todos inseguros, que nos perguntemos se estamos a fazer a coisa certa. Também por isso é que é preciso, às vezes, parar para respirar fundo e para corrigir a rota. Mas isto é difícil de fazer.

Porque é que é difícil?

Porque também não damos tempo às coisas acontecerem, queremos tudo para ontem. Às vezes recebo pais que me dizem: – Não sei o que hei de fazer, já experimentei de tudo – e eu pergunto – Mas já experimentou o quê e durante quanto tempo? – Porque nós perdemos o contacto com a natureza. Isto não quer apenas dizer menos ar puro e menos exercício. Significa ainda outra coisa de que nos apercebemos pouco: perdemos também a noção do tempo que as coisas levam a acontecer, que as plantas levam a germinar. Nós fomos os únicos animais que fugiram ao ritmo natural mas continuamos animais, continuamos a ter ritmos que não são o corporativo. Só que já não os aceitamos. E isso passa para os miúdos.

Agora parte 2: como é que podemos virar a coisa ao contrário e ter miúdos que também oferecem em vez de serem sempre os ofertados?

Repare numa coisa: nós nunca mostramos vulnerabilidade aos miúdos. Para eles, os adultos não precisam de nada. Não passa pela cabeça de um miúdo que tenha a capacidade de oferecer a um adulto qualquer coisa de que ele precise. Eles intuem que não é isso que se espera deles. Portanto, se eu não mostro vulnerabilidade emocional aos miúdos, não se cria conexão. Porque a fragilidade num ser humano é aquilo que cria verdadeira conexão. Uma coisa é impressionar, como fazem muitos influencers. Mas aquilo que verdadeiramente nos liga a outro ser humano são as nossas fragilidades. E portanto, não passa pela cabeça de uma criança que eu precise de alguma coisa.

Mas os pais é que têm de ter noção disto…

Claro. Como se costuma dizer, não há maus exércitos, há é maus generais. Por isso, tudo isto é um problema nosso. Os maiores influenciadores de uma criança são os pais. E se há algo que eu não gosto ali, isso não saiu do acaso. Quase toda a gente nasce com recursos para ser um humano no seu maior potencial. Portanto, eu tenho de trazer para mim a responsabilidade de haver algo no meu filho que eu não gosto. Mas é muitíssimo difícil fazer isso, porque abre uma ferida narcísica muito grande e só alguém muito seguro de si e com uma grande maturidade emocional é que vai conseguir assumir essa responsabilidade, e depois perceber o que consegue fazer. Isto dos presentes também pode mudar, e se for treinado ao longo do ano, no dia a dia, a criança chega ao natal e talvez se lembre do tio ou da avó, e pensa naquilo que gostariam de receber. Mas como é óbvio isso não é um processo que acontece magicamente de geração espontânea no dia 24 de dezembro.

Sim, porque não parte da criança lembrar-se de ligar à avó…

Claro que não, isso parte dos pais e é uma construção do dia a dia. Mas também nos faz pensar nos exemplos que lhes estamos a dar. Quantos de nós ligamos aos nossos pais, aos tios, aos amigos, quantos de nós olhamos verdadeiramente para os outros.

Qual é o presente mais valioso?

Tempo. Tempo para os outros. Esta hora que estivemos aqui à conversa, foi uma hora que nunca mais vamos recuperar, e que bom que foi bem empregue. Mas o tempo continua a ser o nosso bem mais valioso. Agora, como é que se consegue trazer à consciência dos miúdos que eles recebem todos os dias esse bem da parte dos pais e que o podem oferecer aos outros? Se vão oferecer algo que tenham feito isso foi tempo que investiram nisso, se forem oferecer uma experiência isso também é tempo, mas temos de ser nós a ensinar isso, porque claro que uma criança não vai pensar nisto sozinha.

Como é que desenolvemos a empatia numa criança?

Em coisas simples. Se partilhar tempo, emoções, vitórias, tristezas, no seu dia a dia, está a incutir na criança o valor da partilha. No Natal isto depois até se pode refletir num presente. Mas criar empatia não se consegue com sermões do tipo ‘olha que tens de partilhar mais, tens de ser mais empático’ e tal, porque isso são só palavras, se não estiverem inscritas, atuadas, no dia a dia, não significam nada e não ensinam nada. Já que importamos tantas tradições dos EUA, porque não partilhamos também o Dia de Ação de Graças e nos habituamos a estarmos juntos e a agradecer aquilo que temos?

Portanto, um natal transformado num processo de compra e venda é absurdo?

Claro que é. Até porque se aplica aqui também o Princípio de Pareto. O Princípio de Pareto, ou regra 80/20, prevê que 80% dos efeitos surgem a partir de apenas 20% das causas, podendo ser aplicado em várias outras relações de causa e efeito. Ou seja, as crianças vão usar 20% dos brinquedos em 80% do tempo. Portanto, pode oferecer mil presentes que elas vão apenas brincar com 5 ou 6.

O que é que se valoriza hoje?

O individualismo. Mas quando se valoriza isso, estamos a valorizar o conceito de escolha, à nossa liberdade de escolher. E isso também passa para a parentalidade. Hoje oferecemos mil escolhas aos miúdos sobre tudo, para que eles tenham ‘a liberdade’ de escolher. E esse foco no eu, que na base é muito salutar, aqui revela-se perverso. Eu conheci pais que perguntavam aos miúdos com 5 anos que sítio queriam escolher para a festa e que amigos queriam convidar. Estar focado em nós é muito bom mas há alturas em que temos de nos focar nos outros.

Mas não podemos durante o ano inteiro orientá-los para se focarem no ‘eu’ e depois magicamente no Natal exigir-lhes que pensem nos outros…

Precisamente. Portanto, há que treinar isso em pequenos comportamentos no dia a dia. O problema é que vivemos todos tão acelerados que acabamos por deixar-nos ir na corrente. E na verdade também nos dá jeito encher os miúdos de presentes para acalmar as nossas culpas. E andamos a perder o nosso tempo de facto sem darmos por isso. Como é possível uma criança de 13 anos, como eu já tive, passar 7 horas por dia no telemóvel, por exemplo?

Bem, nós também somos assim…

É verdade. Mas precisamente por isso, deviamos ter essa consciência. Claro que a consciência não basta para mudar comportamentos, mas é por aí que temos de começar. Se queremos de facto um mundo melhor para nós e para os nossos filhos.

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