É de conhecimento comum que existem cinco fases do luto: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Uma teoria desenvolvida pela renomada psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross em 1969 que abriu caminho para se compreender melhor o impacto da perda na saúde mental.
De lá para cá, em pesquisas sobre relacionamentos traumáticos, incluindo violência doméstica ou outras relações tóxicas, os investigadores encontraram padrões e estágios de recuperação semelhantes aos vivenciados pelos enlutados.
“Existem seis fases de recuperação do abuso psicológico ou de relacionamentos tóxicos que eu testemunhei no meu consultório”, diz a psicoterapeuta Kaytee Gillis à revista Psychology Today. “Como as fases do luto, estes estádios não ocorrem sempre numa ordem cronológica, podem ser ignorados ou repetidos, e os sobreviventes podem começar em etapas diferentes”, explica. “Embora o objetivo final seja sempre segurança, compreensão e significado, a recuperação é diferente para cada sobrevivente e não existem duas jornadas iguais”.
Eis as 6 fases de recuperação após um relacionamento tóxico, de acordo com a especialista:
- Insegurança: pode questionar se o término foi a melhor escolha;
- Aprendizagem: pesquisar tudo e mais alguma coisa oferece a terminologia para compreender as suas experiências;
- Clareza: aceitar que havia algo prejudicial no relacionamento que estava fora do seu controlo e, como tal, não podia impedir ou evitá-lo;
- Libertação: distanciar-se do ex, física e emocionalmente;
- Cura: fazer uma auto-reflexão e procurar apoio junto de amigos e familiares;
- Aceitação: perceber que os padrões de relacionamento tóxicos podem ajudar as pessoas a evitá-los no futuro.