O CEO da Vuitton, Bernard Arnault , já confirmou o fim da união de 16 anos entre a Louis Vuitton e o designer Marc Jacobs. O contrato de Marc e do parceiro de negócios, Robert Duffy, chegou ao fim e não foi renovado.
O sucessor de Jacobs ainda não foi nomeado, embora o ex-director criativo da Balenciaga, Nicolas Ghesquière, seja um dos favoritos.
O designer apresentou esta manhã, em Paris, a sua última coleção pela casa Vuitton, onde fez uma viagem pelas suas coleções mais icónicas, utilizando alguns dos adereços que as marcaram, como um carrossel, escadas rolantes, elevador, um chafariz e o grande relógio.
Jacobs dedicou a coleção a todas as mulheres que o inspiraram e recebeu uma ovação no final do desfile. Jacobs acaba como começou: com uma coleção marcada pelo preto.
O designer norte-americano entrou para a Louis Vuitton em 1997 e revolucionou um clássico. Jacobs foi responsável pela introdução da marca no pronto-a-vestir e pelas primeiras colaborações de arte daquela casa de moda, com nomes como Stephen Sprouse, Takashi Murakami e Yayoi Kusama. Na direção criativa, o designer transformou uma marca conhecida pela linha de bagagem e artigos de couro numa potência global, capaz de levar mulheres de todo o mundo a suspirar por uma carteira.
Ao longo da sua carreira na LV, Jacobs aumentou os lucros da maison francesa que gera, anualmente, cerca de sete mil milhões de euros. Tendo conseguido manter um crescimento anual de cerca de 10% durante décadas, em 2013 esse valor baixou para perto de 5%.
Mas o percurso de Marc Jacobs pelo mundo da moda não termina aqui. O designer já afirmou que quer dedicar-se, agora, à sua marca homónima, também ela detida pelo mesmo grupo que a Louis Vuitton, e cuja entrada na Bolsa deve estar para breve.