O divórcio pode representar, para os homens, mais do que uma mudança de vida ou um trauma emocional, conclui um estudo que revela que o impacto da separação nos homens “precisa de investigação urgente”. Os divorciados apresentam uma maior taxa de mortalidade, de abuso de drogas e depressão.
Os homens divorciados também apresentam uma taxa de suícidio 39% superior à dos casados, o que pode ser explicado por uma maior tendência para assumirem comportamentos de risco após as separações.
Um estudo de caso publicado no ‘Journal of Men’s Health’, da autoria de três cientistas, das Universidades do Nebraska, Utah e do Nebraska Medical Center, alerta para os efeitos negativos que o trauma psicológico de um divórcio pode ter na saúde masculina e para a necessidade urgente de uma maior pesquisa sobre este assunto, de modo a “desenvolver diretrizes de diagnóstico e tratamento para os profissionais”.
O Professor Ridwan Shabsigh, da Universidade de Cornell, presidente da Sociedade Internacional da Saúde do Homem, vem ainda alertar para alguns estereótipos. “A percepção da população, de muitas culturas e dos meios de comunicação, é de que os homens são duros, resistentes e menos vulneráveis a traumas psicológicos do que as mulheres”. Estas são algumas das ideias pré-concebidas que não refletem a realidade. “O facto é que os homens são substancialmente afectados por traumas psicológicos e eventos da vida negativos, como o divórcio, falência, guerra e luto”.