“Words can break someone into a million pieces, but they can also bring them back together. I hope you use yours for good, because the only words you’ll regret more than the ones left unsaid are the ones you use to intentionally hurt someone.”
Há vários tipos de palavras detestáveis. Felizmente, tenho sido poupada a algumas: as palavras hipócritas de consolação, melífluas e melodramáticas, nunca chegaram até mim pois felizmente, costumo pôr-me a salvo das situações que as provocam. Mas quando vejo alguém a engoli-las esperançadamente, avidamente, apetece-me abanar quem as recebe e empurrar quem tem o descaramento de as dizer. Já chega o drama em si, poupem-se os folhetins e os discursos de telenovela.
Depois há as palavras que são como as flechas atiradas: nada as pode apagar. Não importa se foram proferidas no auge da irritação, de cabeça perdida, sob a influência da dor ou do copo ou da loucura. Podemos adoçá-las, desmenti-las, provar por actos que não significaram nada. Mas não existe uma pílula do esquecimento, não há uma borracha poderosa que chegue para fazer desaparecer a terrível possibilidade que encerram, o inferno que revelam , a escuridão que deixam entrever.
É muito difícil juntar os cacos que provocam – muitas vezes, estilhaços de uma torre que deu um trabalhão a erguer. Tal como está escrito acima, as palavras-granada conseguem ser ainda piores que as palavras não ditas, essas coisas preciosas que podiam salvar muitas situações mas que ficam presas na garganta por medo, por vaidade ou por orgulho e que nos fazem deixar passar oportunidades, perder pessoas, ou no mínimo, ficar a pensar no que poderia ter sido diferente se as tivéssemos deixado escapar no momento certo.
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