Está aí a nova aventura da The Body Shop, a conhecida marca de beleza assumidamente ativista, que abriu mais uma loja com o novo conceito sustentável e ativista em Lisboa, no Centro Comercial Vasco da Gama.
A nova loja tem como conceito WORKSHOP, uma experiência de ativismo que incentiva as pessoas a explorarem os produtos e a descobrir como, juntos, é possível lutar por um mundo mais justo e mais belo. Esta loja é um espaço onde os clientes podem explorar, descobrir e inspirarem-se nos produtos icónicos da marca e no seu propósito ético. Com este novo conceito, a The Body Shop volta às suas raízes, assumindo-se como visionária, ecológica e ativista. A loja está equipada com materiais sustentáveis, elaborados com madeiras recuperadas e plásticos reciclados para ajudar a minimizar a sua pegada ecológica. Um exemplo é a bancada do móvel de maquilhagem feita de material 100% reciclado, com origem em desperdícios.
Para nos explicar melhor este tipo de conceito, conversámos Meritixell Escarra, Marketing Diretor Iberia da The Body Shop.
- O que acha que justifica a longevidade e o sucesso a nível mundial, e em particular em Portugal, da The Body Shop?
A nossa história começou em Brighton, Inglaterra, em 1976. Tudo começou com a nossa fundadora Anita Roddick e a sua ideia revolucionária de que os negócios podiam ter um impacto positivo na sociedade e no planeta. Mantivemos a sua visão durante mais de 45 anos, durante os quais nos dedicámos a quebrar as regras, ser sinceros e gerar mudanças.
Os valores e princípios sobre os quais foi criada a The Body Shop, são tão sólidos que fizeram com que, mesmo após 45 anos, o nosso modelo esteja mais na moda do que nunca. Desde do início que a The Body Shop apostou numa cosmética cruelty free, vegetariana, sustentável, com comércio justo com comunidades e, o mais importante, verdadeiramente ativista.
Isto fez com que a nível mundial e em Portugal, em particular, tenhamos conseguido manter uma presença sólida e madura, mas sem perder a frescura nem a vontade de enfrentar novos desafios.
- A sustentabilidade é um dos alicerces da filosofia da Body Shop, que em muitos aspetos foi pioneira entre outras. Que desafios há ainda para cumprir?
A The Body Shop sempre foi uma marca que defendeu os negócios éticos e sustentáveis. Aliás, lançámos as estações de Refill nos anos 90, mas estávamos à frente do tempo, o mundo não estava preparado para o conceito de Refill nessa altura…. Felizmente, agora a revolução do Refill ganhou força e os clientes são muito mais conscientes e estão mais comprometidos em encontrar alternativas mais sustentáveis para os seus rituais de beleza e vida em geral.
Por outro lado, continuaremos a ter produtos sem opção de Refill e o nosso compromisso de sustentabilidade continua a ser reduzir o nosso impacto negativo no planeta. Por isso, revemos constantemente as embalagens dos nossos produtos, usando materiais 100% recicláveis e reciclados, para alcançar os objetivos de sustentabilidade a longo prazo. É assim que trabalhamos para desenvolver as nossas embalagens zero waste.
Focamo-nos em usar o mínimo plástico virgem possível, usar mais plástico reciclado e plástico de origem vegetal (em vez de à base de petróleo) e ajudar as pessoas por todo o mundo a reutilizar, reaproveitar e reciclar. A nossas novas embalagens são elaboradas com plástico 100% reciclado, incluindo plástico reciclado de Comércio Justo com Comunidades recolhido nas ruas de Bangaluru, na Índia.
Em 2019 lançámos o nosso programa de plástico reciclado com uma parceria de Comércio Justo com Comunidades em colaboração com a Plastics For Change. O nosso plástico provém da recolha de lixo não tratado por parte de “waste pickers” marginalizados, na Índia. Oferecemos-lhes um preço justo, rendimentos estáveis e melhores condições de trabalho num sector volátil e com alta discriminação onde predomina uma economia paralela.
- Com a pandemia, houve um aumento das compras online. Considera que esta será uma tendência crescente ou o espaço físico será sempre importante na relação do consumidor com a marca?
Sem dúvida que a pandemia supôs uma revolução nas vendas online, chegando a valores nunca antes vistos, mas uma vez passada esta situação excecional, temos a certeza de que somos uma marca omnicanal e ambos os canais devem conviver, oferecendo aos consumidores o melhor de cada um.
No nosso caso, as experiências que os clientes podem viver nas nossas lojas são únicas. Tudo isso graças aos nossos colegas em loja que são especialistas em contar as histórias por detrás de cada produto e fazer demonstrações especializadas dos diferentes tipos de produtos. Esta experiência é muito difícil de conseguir na loja online, mas aqui o que o cliente procura é a comodidade de poder receber os produtos em sua casa e é isso que lhe oferecemos. O importante é ter claro que ambos são canais complementares.
- Não é só a nível dos produtos, mas na conceção das lojas que a questão ambiental se reflete. Pode-nos falar um pouco da nova loja no Centro Vasco da Gama e porque marca a diferença?
As novas lojas Workshop têm um espírito ativista que incentiva as pessoas a explorar os produtos e a descobrir como, juntos, podemos lutar por um mundo mais justo e mais belo. Com este novo conceito, a The Body Shop volta às suas raízes, consolidando-se como visionária, ecológica e ativista. A loja está equipada com materiais sustentáveis, elaborados com madeiras recuperadas e plásticos reciclados para ajudar a minimizar a sua pegada ecológica. Alguns exemplos são a fachada metálica construída em alumínio, que requere menos consumo de energia do que outros materiais e é infinitamente reciclável.
Os balcões são fabricados com materiais 100% reciclados, com um conglomerado de plástico chamado EKOPLY.
- A colaboração que a The Body Shop desenvolveu com a Lisbon School of Design foi invodadora. Porque é que é importante para a marca ter este tipo de ligação local?
Este novo conceito de loja pretende integrar ao máximo cada loja na sua cidade e, desta forma, torná-la única. No caso da loja do Vasco da Gama vimos uma grande oportunidade com a Lisbon School of Design, já que é uma escola muito próxima da loja, fomentando assim com este concurso o desenvolvimento e visibilidade do talento de jovens locais e fazendo com que sintam envolvidos e conheçam os valores da The Body Shop. Sem dúvida que é uma colaboração perfeita para ambas as partes e temos a certeza de que será apenas a primeira de muitas.
- Como tem sido a adesão às estações de recarga que a marca deseja estender a todas as lojas?
A The Body Shop sempre foi uma marca que defendeu os negócios éticos e sustentáveis. Aliás, lançámos as estações de Refill nos anos 90, mas estávamos à frente do tempo, o mundo não estava preparado para o conceito de Refill nessa altura…. Felizmente, agora a revolução do Refill ganhou força e os clientes são muito mais conscientes e estão mais comprometidos em encontrar alternativas mais sustentáveis para os seus rituais de beleza e vida em geral.
Estamos muito contentes com a aceitação por parte dos clientes, já temos mais de 10.000 clientes a usar o Refill como alternativa mais sustentável. Os comentários dos consumidores (e das nossas equipas de loja) têm sido muito positivos.
A The Body Shop assume a missão de fazer com que o Refill se torne em algo natural e recorrente. A nova loja do C. C. Vasco da Gama conta com uma estação de Refill, onde é possível comprar as garrafa de alumínio reutilizável de 300ml e enchê-las com qualquer um dos géis de duche, champôs, condicionadores e géis de mãos disponíveis na estação, sendo possível utilizar a mesma garrafa mais vezes.
A propósito da reabertura desta loja, em parceria com a Lisbon School of Design, foi realizado um concurso com os alunos da escola , com o objetivo de criarem um design exclusivo relacionado com a sustentabilidade, para a estação de Refill da loja do C. C. Vasco da Gama. Com o design vencedor foi criada uma edição especial da garrafa de alumínio, que está disponível na estação de Refill, e ainda um saco de pano reutilizável.
A vencedora, Raquel Marques, criou um design inspirado nos conceitos de Sustentabilidade, Reduzir, Reutilizar e Reciclar. A jovem inspirou-se nas cores do seu produto The Body Shop favorito: a Body Butter de Satsuma . Raquel tem 23 anos de idade e nasceu em Coimbra, onde estudou Comunicação e Design Multimédia. Atualmente, frequenta o curso de Design Gráfico na Lisbon School of Design.