Em entrevista a Jess Cagle, na revista People, Jake Gyllenhaal falou de como lidou com a perda de Heath Ledger.
Os dois atores, que brilharam lado a lado no filme “O Segredo de Brokeback Mountain”, tornaram-se bons amigos, o que só tornou mais difícil para Gyllenhaal lidar com a perda do colega, encontrado morto a 22 de janeiro de 2008 no seu apartamento, com apenas 28 anos. A causa da morte foi determinada pelo departamento de medicina legal de Nova Iorque como devendo-se a “intoxicação acidental por remédios prescritos”.
“Pessoalmente, afetou-me de formas que não consigo traduzir em palavras, acho mesmo que nunca vou querer falar disso publicamente”, confessou Jake na entrevista.
Naquela altura, a estrela de “Donnie Darko” tinha apenas 27 anos e a morte era um assunto sobre a qual ainda não tinha dedicado muito tempo a pensar.
“Em termos profissionais, acho que tudo aconteceu numa idade onde a morte não era algo claro para mim.”
Gyllenhaal explicou que, estando a viver numa “bolha” de Hollywood, nunca é claro quando é que alguém está a ser genuíno. O ator, que começou a fazer filmes aos 11 anos, admite que não tem muita experiência fora dos estúdios de gravação.
“Fazem-se verdadeiros amigos durante a produção de um filme, a comunidade é real”.
O ator norte-americano encarou a perda do amigo como uma aprendizagem: “Percebi que estar aqui é apenas passageiro”.
Visivelmente emocionado, revelou ainda a Jess Cagle, que depois da morte de Heath Ledger, percebeu que o mais importante não é o sucesso que um filme vai ter.
“O que é importante são as relações que fazes quando gravas um filme. E isso… mudou-me imenso”.