
Dimitrios Kambouris
Charlie Sheen esteve, na passada sexta-feira, no popular talk show de Graham Norton na BBC, onde falou dos seus projetos profissionais recentes – tem um espectáculo em cena em Londres, por estes dias – e contou um episódio caricato envolvendo o polémico candidato à presidência norte-americana e empresário, Donald Trump.
“Não sou nada fã dele. Lembro-me que, há cerca de 5 anos, estava num jantar com a minha ex-mulher e a família quando reparei que o Donald estava a olhar fixamente. Aproximou-se e disse ‘Desculpa, não vou poder ir ao teu casamento’ (eu pensei ‘nem sequer te convidei’) mas quero dar-te um presente adiantado, meu e da minha mulher Melania. Então arranca os botões de punho que estava usar, dá-mos e diz: ‘São de platina e diamantes, da Harry Winston’. Disse-lhe que não era preciso fazer aquilo mas ele repondeu-me que queria mesmo fazê-lo e que os devia aceitar.”
Meses mais tarde, Sheen mandou avaliar algumas jóias. “Antes da especialista sair, lembrei-me de lhe pedir para avaliar mais duas peças sobre as quais estava bastante curioso. Expliquei-lhe a história do jantar e dos botões de punho. Ela pegou na lupa e esteve para aí uns 4 segundos a olhar para eles. Recuou imediatamente – mais ou menos como as pessoas fazem com o próprio Trump – e disse: ‘Na melhor das hipóteses, são de peltre [uma liga barata de estanho e outros materiais como antimónio, cobre e chumbo] e zircónias de má qualidade. E tinham o selo Trump! Pensei ‘Isto diz bastante sobre o caracter do homem’, um tipo que nos diz ‘toma lá um presente de casamento fabuloso’ que acaba por ser um grande pedaço de caca de cão.”
Charlie remata chamando “charlatão” a Trump e fazendo a correlação com o futuro político dos Estados Unidos, caso seja eleito presidente. “Mas tenho fé que as pessoas boas e decentes vão fazer a escolha certa [nas eleições] e que o circo vai deixar a cidade antes de contaminar a Sala Oval.”
Charlie confirmou ainda a Norton que agora estava bem melhor e a viver dias bem mais positivos, depois de ter anunciado, em novembro do ano passado, que era seropositivo.