É essencial cumprir com os hábitos de higiene oral, através da escovagem dentária, 2 a 3 vezes por dia (sendo a última, obrigatoriamente, ao deitar após a última refeição) e com um dentífrico, cuja concentração de flúor deverá ser entre 1000 a 1500 ppm (de acordo com as normas da Direcção Geral de Saúde). À medida que a criança for reclamando a sua autonomia, entre os 3 e os 5 anos, poderá ser ela, progressivamente, a escovar os dentes, ainda que sob a supervisão e auxílio de um adulto até aos 7-8 anos.
Trata-se também de uma oportunidade para iniciar os cuidados higiene do bebé, que devem acontecer antes da erupção do primeiro dente, com a limpeza das gengivas e da língua, principalmente, após o aleitamento.
É uma boa altura para incluir o uso do fio/fita dentária na rotina de higiene oral. Deve ser utilizado antes da escovagem nocturna e permite a higienização dos espaços interdentários que são, particularmente, propícios ao aparecimento de lesões de cárie.
Em relação aos hábitos dietéticos, a ingestão de alimentos açucarados deverá ser moderada e preferencialmente após as principais refeições. Nas refeições intermédias, deverá optar por alimentos saudáveis, como a fruta, frutos secos e vegetais crus (como por exemplo cenoura).
Apesar de estarmos maioritariamente em casa, não deixa de ser propícia a ocorrência de traumatismos dentários. Caso suceda uma fractura ou deslocamento de um “dente de leite” há que despistar a possibilidade desse traumatismo causar sequelas ao dente permanente, através de uma avaliação radiográfica. Perante a fractura de um dente permanente, deverá procurar sempre o fragmento e conservá-lo em meio húmido – soro fisiológico, leite ou saliva, uma vez que é possível a sua colagem, preservando as características de cor, brilho, textura e forma do dente original. Estas situações constituem motivos de urgência, pelo que se sugere que contacte o médico dentista do seu filho/a.