As prateleiras de alguns produtos estão vazias nos supermercados. A Amazon já não tem papel higiénico em stock. O eBay tem álcool gel à venda por quase 500 euros.
Já sabemos que este é o cenário atual em superfícies comerciais. Mas será que os consumidores em pânico reprimem a ansiedade causada pelo coronavírus ao comprar roupa da mesma forma que fazem com desinfetantes?
Numa altura em que a população é aconselhada a ficar recolhida em casa e a evitar ao máximo espaços públicos, é pouco provável que os centros comerciais registem um pico nas visitas. Contudo, existem sempre lojas online. De acordo com um estudo publicado na revista científica “Consumer Psychology”, está comprovado que a terapia da compra – desde que não seja uma compulsão – faz com que as pessoas se sintam mais felizes, além de combater a tristeza e o stress, especialmente em tempos de grande incerteza.
Este trabalho sugere que quando estamos tristes, assustados ou sentimos que não temos controlo sobre as circunstâncias à nossa volta, fazer compras é um método popular de lidar com situações difíceis.“Pode dar uma espécie de falsa sensação de controlo num determinado momento,” explica a psicoterapeuta Amy Morin ao site Refinery29.
E, segundo psicóloga de moda e autora Dawnn Karen, isto não é necessariamente mau: Está psicologicamente comprovado que os humanos gostam de controlar as coisas.” Em declarações à mesma plataforma, Karen afirma que, na sua opinião profissional, haverá um aumento das compras online como forma de aliviar o stress até ao fim da pandemia.