Regra geral, os seres humanos não se sentem atraídos pelos familiares próximos. É algo que acontece de forma inata, uma vez que não nos é ensinado por ninguém. Mas alguma vez se perguntou porquê?
A primeira pessoa que propôs uma teoria sobre o assunto foi o sociólogo finlandês Edvard Westermarck, que criou a seguinte teoria: quando duas crianças têm uma grande proximidade durante os primeiros anos de vida, elas dessensibilizam-se no que à atração sexual diz respeito. Ou seja, a familiaridade em tenra idade entre dois indivíduos inibe a atividade sexual ou, se se preferir, gera a repulsa sexual. Por conseguinte, não pensam em ter uma relação quando chegam à idade adulta.
Por outro lado, se as crianças forem separadas das famílias biológicas, o efeito Westermarck perde-se. Este fenómeno foi útil na evolução para evitar o incesto, uma prática tabu em quase todas as sociedades.
O efeito Westermarck também sugere que se duas crianças sem qualquer grau de parentesco forem muito próximas durante toda a infância, há pouca probabilidade de virem a sentir desejo uma pela outra na vida adulta. As coisas só mudam se tiverem passado um período relativamente longo afastadas.