Depois de uma vida dedicada às crianças, a idade da reforma não significou para esta mulher parar ou ficar de braços cruzados. Hoje, aos 74 anos, Maria Joana Vidal mantém-se activa e dedica-se ao acolhimento de crianças e jovens retirados aos pais por ordem judicial tendo em vista a adopção.
A CrescerSer, nome que a associação adoptou há dois anos, tem quatro casas para crianças dos 0 aos 12 anos e duas para jovens dos 12 aos 18, em Lisboa e no Porto. Para a vogal desta associação, os jovens são "o grande desafio, porque muitas vezes a família entrega-os e a adopção é muito difícil. Temos de os tornar autónomos para que consigam seguir com as suas vidas". Nas casas, as crianças e jovens levam uma vida normal, "estudam, vêem televisão, fazem jogos, lêem". Uma normalidade que muitos não experimentaram nas suas próprias famílias e que lhes dá estabilidade.
Apesar do carácter transitório das casas, as crianças acabam por passar mais de um ano com a associação. Quando adoptadas, a CrescerSer presta apoio domiciliário às novas famílias, através de uma equipa de psicólogos e assistentes sociais. No caso dos jovens ‘não-adoptáveis’, Maria Joana Vidal gostava de poder investir em famílias de acolhimento, "que recebem as crianças mas que não têm meios para tal, daí terem de ser bem acompanhadas. No entanto, são o melhor que se pode dar àquelas que não podem ser adoptadas e que não têm pais". Todos os anos a CrescerSer organiza actividades como o dia em que se pratica desportos radicais ou a semana que passam na casa de Maria Joana Vidal, perto de Águeda. «Damos-lhes um ambiente calmo e durante aquela semana eles não parecem os mesmos», afirma.
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