1 – Por que é que os mergulhadores entram no jacuzzi ou espalham água quente no corpo depois do mergulho?
Porque sabe bem e para distender os músculos, depois do ‘choque’ do mergulho.
2 – Por que é que alguns atletas usam adesivos coloridos no corpo?
Não são pinturas guerreiras: são faixas adesivas que ajudam a proteger os músculos e a reduzir a dor muscular.
3 – Por que é que os mergulhadores usam faixas nos pulsos?
Para os proteger, porque o embate na água é brutal. O objectivo, como já deve ter percebido quem assistiu a estas transmissões, é criar ‘splash zero’. Para isso acontecer, por vezes atingem a água com as palmas das mãos, o que vai criar uma espécie de ‘bolsa de ar’ que recebe o corpo e anula o splash. Quando se salta de uma altura de três andares, o impacto nos pulsos pode ser enorme.
4 – Por que é que as atletas de ginástica artística da equipa americana são tão ‘brilhantes’?
Tanto em termos técnicos como estéticos: é que os seus fatos contêm milhares de cristais Swarovsky. Há uns anos, o fato de ginástica das atletas não se distinguia em muito daquele que levávamos à nossa classe de aeróbica (era o ‘maiô’, lembram-se?). Mas depois a moda do brilho escalou. Em 2012, Gabby Douglas já ia super-brilhante, com mais de 1000 cristais no fato. Este ano, muitos elementos da equipa levavam 5000 cristais em cada fato. As próprias americanas admitem que pode ser difícil colocar ainda mais. Claro que, com esta ‘brincadeira’, cada um destes fatinhos custou quase 1000 euros. Ah, e porquê? Bem, desculpem lá, passem à alínea seguinte.
5 – Por que é que as atletas de ginástica artística da equipa americana são tão brilhantes?
‘Brilhantes’ com ou sem aspas equivalem-se, neste caso. Lembra-se de Nadia Comaneci? Pois os treinadores da equipa americana são, desde há 16 anos, os mesmos que treinaram Nadia, o casal romeno Bella e Martha Karolyi. E também foi Martha a grande impulsionadora da moda dos cristais: uma mistura de estética e psicologia. Ela achava que, por um lado, uma rapariga adolescente ia sair-se muito melhor se se sentisse cintilante. “Nunca encontrei uma ginasta que não gostasse de brilhantes”, afirmou certa vez. Por outro, a ginástica artística é dos desportos mais vistos e apreciados dos Olímpicos, e um fato cintilante faz com que uma rapariga pequenina sobressaia muito mais na sua apresentação e impressione o júri: e o público que as vê e as admira em todo o mundo.
6 – As medalhas de ouro são mesmo de ouro?
Eh… bem, não. Enfim, também não são de chocolate: são 92% de prata, 6% de cobre e apenas 2% de ouro.
7 – Por que é que, sei lá, a malha, não é um desporto olímpico?
Um desporto é olímpico baseado em factores como a sua universalidade, o número de praticantes, de federações, de ‘aficcionados’ e de mediatismo. Já agora, houve desportos que chegaram a ser olímpicos e depois foram esquecidos, como o ‘salto ao barril’ (olímpico em 1904).
8 – Como é que a maquilhagem das nadadoras de natação sincronizada não escorre?
Elas usam uma maquilhagem especial à prova de água, à base de silicone. A pergunta seguinte é: e depois como é que a tiram, sendo que não é com água? Pois também é com um produto especial.
9 – Já alguém ganhou a maratona sem correr?
Bem, ele correr correu, não foi é o caminho todo. Em 1904, um maratonista chegou à meta de forma bastante rápida. É verdade que não se cansou muito, porque fez parte do percurso… à boleia. Sim, de carro. Quando a verdade foi reposta, a medalha também passou de mão: para o segundo classificado, um inglês que corria pela América, e que passou a maratona a alimentar-se de uma mistura de ovos, brandy e veneno de rato. Como é óbvio, desmaiou assim que passou a meta (e o estranho é que tenha sobrevivido).
10 – Pode-se fazer todos os movimentos ‘malucos’ que se quiser na ginástica artística?
Não. Qualquer pessoa sustém a respiração quando vê certos movimentos, principalmente na ginástica artística. Mas ainda houve pior: em tempos que já lá vão, algumas atletas executaram movimentos tão perigosos que estes acabaram por ser proibidos. A russa Olga Korbut teve nada menos que três movimentos proibidos. Um em que se punha de pé na barra mais alta e fazia um mortal para trás, e dois em que voava da barra maior por cima da pequena. Elena Mukina foi a ‘divulgadora’ de um movimento em que saía da barra mais pequena depois de se sentar na maior, e muitos outros. https://www.youtube.com/watch?v=vMwweG9qUoo
11 – O doping foi sempre escondido?
Bem, às vezes não era assim tão escondido. Em 1976, quatro nadadoras da Alemanha de Leste apareceram alarmantemente musculadas e com vozes masculinas (“estamos aqui para competir e não para cantar”, responderam). Limparam tudo: ou quase. Levaram 11 em 13 medalhas, quando anteriormente não tinham ganho nada. A explicação era óbvia: estavam mergulhadas em esteróides.