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Quais são as principais inspirações do catálogo e das cores que desenvolveu?

Este ano a nossa inspiração, que se tornou como uma revelação, foi a Natureza e as forças da Natureza. Sentimos, ao analisar a evolução dos estilos de vida, das tendências de decoração, de arquitetura, do design, de todas as peças e elementos para decorar as casas e mesmo das atitudes das pessoas, que há uma necessidade de regressar a algo de natural, selvagem. Por isso, as nossas tendências este ano são uma ode à Natureza, que se revela através das cores que criámos, e que irão, esperemos nós, decorar e embelezar a casa das pessoas.

Então a intenção foi sempre tornar mais real, mais natural, sem ser excessivo…

Sim, é mesmo uma coleção meio-tom, de cores muito suaves, tons mais esfumados, tudo inspirado em elementos da Natureza, cores que vão harmonizar de forma equilibrada e não agressiva. Não são tons artificiais, não temos aquelas cores que se usavam há 15 anos atrás, como um verde ácido, um rosa choque. Não, estamos numa coisa assim…

…Calma?

Sim, mesmo.

E o que o representa o catálago para a marca?

É, mais uma vez, uma marca do nosso empenho e trabalho criar novas cores, todos os anos. (…) E somos a única empresa em Portugal, a nível internacional, a lançar as tendências há 16 anos. Lançámos o catálogo de 2017 em 2016, um pouco em antemão, porque estamos no regresso às aulas. A maior parte das pessoas já está a pensar ‘vamos passar mais tempo em casa, vamos decorar mais a casa’. O que é interessante também é que o facto de a CIN, ao fazer isto de forma contínua e rigorosa ao longo destes anos todos, permitir-nos ter construído uma espécie de história cromática da evolução do design da cor. Vamos ver o que tínhamos há cinco anos… Hoje em dia vejo e fico ‘Ai que horror!’, mas na altura era mesmo o que se utilizava. Temos assim uma cronologia de cor que representa um bocado a história da decoração.

Houve algum momento em que, por exemplo, estava a viajar ou estava num parque e disse ‘é esta cor que [quero]…’

Ah… Muitas vezes… O catálogo das tendências demora mais ou menos um ano a fazer, portanto.

Demorou um ano?

Sim… Estou a lançar estas e a pensar no próximo, portanto, é um trabalho do dia-a-dia. Tenho um caderno onde vou recolhendo amostras, não digo todos os dias, mas quando há uma amostra ou qualquer coisa que me interesse, guardo-a.

O que é que diferencia as cores ou mesmo o catálogo do próximo ano com os anteriores?

A diferença em relação aos outros anos é que este ano temos 40 cores divididas em 4 coleções e, anteriormente, tínhamos sempre coleções que eram como histórias de estilos de vida. Agora temos coleções mesmo cromáticas – vamos ter uma coleção Neutral Revelation, outra Red Revelation – portanto estamos mesmo na cor, pela cor. Acho que estamos a voltar ao essencial, não precisamos de contar demasiadas coisas em volta das nossas cores porque estas falam por elas próprias, não precisamos de inventar uma história.

Quais são os objectios dos catálogos e das cores do próximo? Qual o tipo de casa que vê a [fazerem sentido]?

Acho que elas vão-se adequar a todas as casas, porque é um panorama abrangente que vai corresponder a muitos estilos de decoração. Por isso, todos nós vamos conseguir ir buscar e combinar cores e criar a nossa própria história. Não gosto que as nossas cores estejam fechadas a alguns estilos, antes que cada um crie a sua própria decoração e adote a cor e depois crie uma nova história dentro da casa.

Quais é que foram as maiores dificuldades a desenvolver o catálogo?

Não há propriamente dificuldades, é mais o tempo. Somos muito rigorosos. Quando se faz um catálogo de cor, as dificuldades encontram-se mais quando estamos a tentar representar as cores no catálogo, para serem exatamente o que vamos ter nas paredes, e isso é um trabalho muito demorado. E depois há um tempo longo que é o do desenvolvimento na cronometria, em que eu digo “quero fazer esta cor’ e eles vão desenvolver. Estou há quase 12 anos na CIN e já sei mais ou menos quando as cores vão ser possíveis de ser feitas, porque uma tinta precisa de ter características que não estão numa amostra de papel colorido, e, às vezes, tratas-se de conseguir chegar à cor ideal, mas, no geral conseguimos sempre. O desafio é estarmos sempre a atentar atingir a perfeição, a tentar melhorar.

E quais eram os objectivos da CIN quando propôs este catálogo?

O meu trabalho na CIN, quando se trata de fazer as tendências, é mesmo prever quais podem ser as cores do futuro e estar dentro do que se está a desenvolver ao nível do design. Tenho uma formação de Belas Artes e de Fotografia inicial, e as tendências cromáticas vêem-se na fotografia, na arquitetura, na arte contemporânea. O meu trabalho é saber ver e ir buscar isso, saber seleccionar essas cores e depois valorizá-las e lançá-las no mercado.

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