
D.R.
Parece que na era das redes sociais não há mesmo privacidade.
O Facebook admitiu que ouviu mensagens de áudio que os utilizadores do Facebook Messenger enviam uns aos outros, alegando que foi um esforço para melhorar os seus sistemas de reconhecimento de voz, Esta é a principal conclusão de um trabalho de investigação feito pela Bloomberg, que também revela que a rede social pagou a funcionários externos para transcreverem os clipes de voz para texto – não lhes foi dito quem a quem pertenciam ou como os obtiveram.
“Tal como a Apple e o Gloogle, parámos a revisão humana de áudio há mais de uma semana,” respondeu a empresa, acrescentando que os utilizadores que tiveram as suas mensagens transcritas confirmaram esta opção na app.
O problema é que o Facebook não informa em parte alguma que serão humanos a interagir com os clipes. Aliás, a sua política de dados só menciona “fornecedores e provedores de serviços que apoiam o nosso negócio” ao “analisar como os produtos são usados”.
O gigante das redes sociais torna-se assim a quarta empresa a admitir esta prática em poucos meses. A Amazon, a Apple e a Google também recorreram a humanos para transcrever áudio dos serviços serviços de voz por inteligência artificial Alexa, Siri e Google Home, respetivamente, alegando o mesmo objetivo: melhorar o reconhecimento de voz. Entretanto, todas cessaram essa atividade depois de organizações de privacidade e defesa dos consumidores levantarem preocupações.