Com o crescimento das redes sociais são muitos os que hoje identificam-se como produtores de conteúdo – sejam bloggers, vloggers ou influenciadores digitais. E se há uma coisa em comum entre todas as pessoas que produzem conteúdo online é: Precisam de uma câmara que as ajude! É que muito da nossa vida pode ser documentada pelos telemóveis, que já fazem fotografias e vídeos quase profissionais, mas também há muito em que estes equipamentos deixam a desejar. E é aqui que entra a câmara ZV-1, da Sony.
Lançada como uma câmara para Vlog, ela literalmente trabalha para ajudar quem está a filmar. Isso porque tem muitas funcionalidades automáticas, sem configurações complicadas, o que é muito importante para quem produz conteúdos em primeira pessoa.
O próprio design da câmara favorece a gravação de selfies, tendo uma pega ergonômica, luz de gravação na parte frontal e ecrã tátil e com ângulo variável, que se vira para quem está a gravar. Também não há necessidade de adicionar microfones, acessórios, cabos ou afins.
Mas o que mais faz da ZV-1 uma boa câmara para registos em primeira pessoa? Decidi avaliar de acordo com alguns problemas que identifico nos vídeos em modo selfie de outras câmaras ou de telemóvel, por exemplo. E que para mim são 4 principais: foco, luz, estabilidade e áudio.
1- Foco
Gravar vídeos totalmente sozinha é um grande desafio quando o assunto é o foco. Porque apesar de as câmaras e telemóveis mais atuais estarem preparados para fazer o foco automático, muitas vezes este foco demora para acontecer e podemos perder o ritmo do vídeo. Também acontece com frequência do foco ficar no lugar errado e só percebermos isso ao final do vídeo. Uma das técnicas que os vloggers usam para fazer o autofoco, por exemplo, é colocar a mão por trás de algum objeto para ajudar a câmara a focar mais rápido.
A ZV-1 promete não precisar deste “truque”, nem de outros… É que a câmara tem um botão que ativa a definição Product Showcase, que expande o ângulo de visualização e muda a focagem instantaneamente para o objeto. Outra técnica muito usada em vídeos e fotografias nas redes sociais é o efeito “bokeh”, que nada mais é do que um fundo suavemente desfocado. A ZV-1 tem um botão que ativa o efeito de fundo desfocado automaticamente, ou seja, é possível desfocar o fundo ao toque de um dedo.
2 – Luz
Para mim é um dos problemas mais difíceis de contornar. Sabe aquele pôr-do-sol maravilhoso? Ou aquela fotografia na praia com o fundo do mar? Imagens contra-luz são sempre um desafio – porque as câmaras tendem a compensar o excesso de luz escurecendo o que não está iluminado. Ou seja, se o pôr-do-sol aparecer, a pessoa que está à frente dele sorridente fica completamente escura. Se quiser que o sorriso apareça, o pôr-do-sol vai parecer um borrão amarelo claro.
A ZV-1 promete tons de pele belos e naturais e uma exposição automática que acompanha os rostos e garante que estão sempre bem iluminados, seja à sombra, ao sol, no exterior ou no interior. Para testar estas funcionalidades decidi gravar todo o percurso a caminhar num túnel daqueles que atravessam avenidas. Num passo mais lento, a ZV-1 conseguiu ajustar rapidamente o meu tom de pele ao sair do sol e entrar no ambiente de sombra, sem deixar o fundo muito escuro. Mas num passo mais rápido, essa mudança demorou um pouco para acontecer.
Já em imagens contra-luz, não tive problemas. A ZV-1 consegue apanhar o meu rosto iluminado ao mesmo tempo em que mostra os pormenores do fundo e o sol a brilhar. As alterações de exposição num ambiente já iluminado, como a praia, foram rápidas e não afetam a qualidade da imagem final.
3 – Estabilidade
Para este problema já existem os estabilizadores que funcionam perfeitamente e são vendidos em versões mais baratas e até para telemóveis. O desafio mesmo é conseguir vídeos estáveis sem utilizar pegas, tripés, monopés ou estabilizadores. Com a ZV-1 na mão, sem o auxílio da pega para captação, senti que a câmara tem alguma dificuldade em estabilizar um vídeo a caminhar, por exemplo. O ritmo dos passos fica bem evidente, como acontece com outras câmaras, apesar de não achar que este movimento afete a qualidade da imagem final. Já para fazer movimentos de câmara, em que a pessoa que está a gravar está parada, senti que a ZV-1 comporta-se bem e consegue fazer panorâmicas estáveis, por exemplo.
4 – Áudio
Deixei o melhor para o fim. Para mim esta é das melhores funcionalidades da ZV-1. Porque já tive outras câmaras que gravam em primeira pessoa e já tentei gravar vídeos em modo selfie com o telemóvel, e este é sempre o problema que não tem correção.
A ZV-1 promete captar vozes com nitidez mesmo no meio de uma multidão, graças ao microfone direcional de 3 cápsulas, que capta o som na parte frontal da câmara. A câmara ainda vem com uma proteção contra o vento que promete reduzir o ruído do vento em captações exteriores.
Às vezes até com microfones acoplados somos traídos pelo vento. Então fiquei muito curiosa com essa promessa da ZV-1. Fui à praia num dia de vento para experimentar. E olha que falei baixinho… O resultado deste e dos outros testes estão no vídeo acima!
Veredicto!
Outras funcionalidades que valem a pena apontar é que a ZV-1 está otimizada para streams de alta qualidade, faz vídeos na vertical e permite transferir as imagens para o telemóvel através de uma app, para que possam ser editadas e carregadas para as redes sociais instantaneamente. Para quem quer investir em conteúdos de mais qualidade para as redes sociais, gosta de documentar viagens e passeios, não tem muita experiência com vídeos e não quer se preocupar com funcionalidades complicadas, a ZV-1 é uma ótima solução. E a comparar com outras opções, com um PVP de 800 euros, é bastante competitiva.