“Rabo de Peixe” é um sucesso em Portugal e um pouco por todo o mundo.
Quatro dias após a estreia, a 26 de maio, a série portuguesa da Netflix é líder em Portugal — sem surpresas — e chegou ao terceiro lugar entre as mais vistas em Espanha, Malta e nas Baamas, diz o portal FlixPatrol. Além disso, consta na lista de preferência entre os subscritores do serviço de streaming no Brasil, Chipre, Grécia, Itália, Jamaica, Quénia, Luxemburgo, Polónia e Roménia, entre outros.
O enredo foi inspirado (muito livremente) num evento real e conta a história ficcional de quatro amigos que veem a sua vida mudar com a chegada de uma tonelada de cocaína à costa da pequena vila açoriana de Rabo de Peixe. Um thriller com toques de humor sarcástico, que tem como protagonistas os atores José Condessa, Helena Caldeira, Rodrigo Tomás, André Leitão e Kelly Bailey. De destacar, ainda, a participação de Maria João Bastos, Pepê Rapazote, Albano Jerónimo, Afonso Pimentel e Salvador Martinha.
A trama é realizada por Augusto Fraga, que nasceu noutra vila açoriana de pescadores, a 20 minutos de Rabo de Peixe. Este foi um de dez projetos vencedores de um concurso para argumentistas lançado pela Netflix em 2020, uma parceria com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), para impulsar a produção audiovisual portuguesa.
3 motivos para ver “Rabo de Peixe” na Netflix
- O que é nacional é bom
Não há volta a dar: os números têm força e a Netflix usa-os como barómetro para decidir se vale a pena investir (ou não) em certos países. Não basta exigirmos mais filmes e séries portugueses se não os virmos, portanto, esta é uma boa forma de apoiar a talentosa equipa, do realizador, passando pelos atores, aos técnicos, que trabalhou para dar vida a esta história. A qualidade da produção é inegável; - O enredo
O trailer pôs, desde cedo, todas as cartas na mesa: esta não é uma história de ficção baseada na tragédia de Rabo De Peixe, que remonta a junho de 2001, mas sim um thriller que usa o caso real como ponto de partida para criar o próprio universo imaginário. Também levanta questões pertinentes, incluindo as consequências a longo prazo do vício e os danos colaterais do tráfico de drogas; - Derrubar preconceitos
Como tantos portugueses peninsulares, José Condessa nunca tinha ido aos Açores. Em declarações ao “El País Argentina”, confessa que fez a viagem com preconceitos que não o acompanharam no regresso. “Existe um estigma muito grande por nossa causa. No continente, só se noticiam as coisas piores. A minha impressão mudou completamente após estar com eles”. O ator trabalhou com pescadores locais durante vários dias para preparar-se para o papel.