
O primeiro livro da ‘série’ foi ‘Histórias de adormecer para raparigas rebeldes’, que apresentava às raparigas (e rapazes, evidentemente) exemplos como o talento de Frida Kahlo, a coragem de Cleópatra, o activismo de Malala ou a inteligência de Ada Lovelace. Todas as pessoas de todas as idades gostam de histórias verdadeiras, e aqui pelo menos havia o desenjoo de ninguém (que eu me lembre, se não contarmos a Cleópatra) ser princesa.
Claro que isto das ‘histórias inspiradoras’, como tudo, tem sempre o lado B de uma rapariga se sentir esmagada pelos exemplos e pensar ‘bolas, nunca vou conseguir ser assim tão fantástica’, além de que a palavra ‘inspiradora’ já está um bocado estafada. Por outro lado, é uma forma divertida de saber mais, ter mais mundo, arejar a cabeça e perceber que há muitas formas de deixar a nossa marca no mundo (e esperemos que o deixem bastante melhor).
Agora, acaba de sair mais um exemplo da ‘força feminina’. Este ‘Duplas poderosas de raparigas rebeldes’ traz-nos 25 histórias de mães e filhas, desde Beyoncé e Blue Ivy até Marie Curie e Irène Joliot-Curie. Sim, podem vocês pensar, então a Blue Ivy já fez história? Mas a verdade é que, à boleia das estrelas pop, as raparigas aprendem muitos outros nomes, como Laurie e Ariana Strand, aviadoras que salvaram um pelicano em apuros, ou Lena e Bahkti Sharma, nadadoras em águas geladas.
O livro de duplas mãe-filha é ideal para ser partilhado por todas as mães e filhas, até porque muitas das biografias vão ser uma novidade também para as mães. A ideia também é mostrar que mães e filhas se podem apoiar, motivar e crescer em conjunto, porque afinal todas nos educamos umas às outras.
E porque nunca é cedo para começar a sonhar, e nunca é tarde para incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo, vamos lá tornar este mundo melhor.
‘Duplas poderosas de raparigas rebeldes’ – Vários autores, Ed. Nuvem de Tinta, E15,95