Idealiza, sonha, vai à procura dos tecidos, das costureiras e, no meio do rebuliço de trabalho que é a sua vida, criou uma marca de roupa feminina que apaixona mulheres de todos os estilos. Sílvia, que acredita mais em estilos e menos em tendências, faz peças de roupa para que quem as veste se sinta bonita e com poderes para alcançar tudo o que se propuser.

Com um site e duas lojas abertas ao público, uma em Canidelo, Vila Nova de Gaia, e outra no Saldanha, Lisboa, Sílvia tem o sonho de que a marca de roupa que idealizou – e é feita em Portugal – ultrapasse fronteiras e chegue a mulheres de todo o mundo.

Entre as suas múltiplas chávenas de café, um filho de cinco anos e uma equipa a crescer, a empreendedora Sílvia tem muito para gerir no seu dia-a-dia.

A ACTIVA conversou com Sílvia a poucos dias da realização do Natal da Mahrla, um jantar que reúne a comunidade de mulheres que se identifica com a filosofia da marca, que é muito mais do que roupa para vestir.

Quando criou a Mahrla, Sílvia Pinto Pereira pensou na mulher que é. Uma mulher que se preocupa com a sua imagem e está consciente que a mesma lhe dá os poderes que precisa para alcançar tudo a que se propuser. 

Como começou a Mahrla?

A Mahrla começou em 2012, num momento em que fiquei desempregada e precisei criar coisas para vender. Começou por serem t-shirts feitas à mão, cujo nome da marca era personaliTee e só em 2015, com a evolução da mesma, fiz o rebranding e nasceu o nome Mahrla. 

Quando criou a Mahrla pensou em que mulheres?

Pensei na mulher que sou: simples, despreocupada, desenrascada, sonhadora, que quer vingar na vida, que se preocupa com a sua imagem e que a mesma lhe dá os poderes que precisa para alcançar tudo a que se propuser. 

Quanto tem a Mahrla da Sílvia?

Tudo! E não sou eu que o digo (risos). Todas as minhas clientes dizem que: a Mahrla é a Sílvia e a Sílvia é a Mahrla.

Quais são os valores da sua marca de que nunca abdica?

Justiça, verdade e empatia no que diz respeito à relação marca-cliente e vice-versa. Qualidade e versatilidade no que diz respeito a tudo que criamos.

De onde lhe vem a inspiração?

Ai… de tantos sítios! Claro que ao fim de 10 anos já temos uma base nossa que serve sempre de inspiração, mas depois há muita coisa que me traz inspiração: prédios, ruas, pessoas, séries, revistas… às vezes, só estar sentada numa esplanada e ver pessoas a passar, inspira-me.

Sílvia defende que não devemos comprar uma peça de roupa nova sem antes percebermos o quanto precisamos dela, que diferença vai fazer no nosso armário e se a vamos usar vezes suficientes que valham a pena o investimento.

Todas as suas peças têm um nome. É uma forma de dar maior identidade ao que escolhemos vestir?

Sim. Todas as peças têm um nome que está sempre associado ao tema da coleção, por exemplo quando fiz uma coleção inspirada em Nova Iorque todos os nomes das peças eram elementos da cidade, quando fiz uma coleção inspirada em supermulheres todos os nomes eram de mulheres que me inspiram. Acho que é uma forma de tudo ficar mais coeso, haver um fio condutor, haver uma história que contamos e que realmente tem um fundamento, já que a maior parte das coleções, se não todas, são inspiradas ou partem das minhas vivências pessoais.

A Jules é a peça mais icónica da marca. É para manter para sempre?

Para sempre e mais além! Sim é sem dúvida a peça que vai existir sempre e que adorava que chegasse ao mundo inteiro.

Trabalha rodeada de mulheres – as suas Abelhinhas, como carinhosamente lhes chama. Vantagens e inconvenientes dessa realidade?

As vantagens são as de proporcionar um ambiente de trabalho em que todas elas se sentem valorizadas nas suas funções, e em que todas elas trazem coisas para cima da mesa, ensinam-me também diariamente algo novo e há sempre um ambiente de alegria e companheirismo no ar. Os inconvenientes não há muitos, diz-se que onde há muitas mulheres por vezes há confusão… Mas acho que o maior inconveniente é mesmo só para mim, que ainda ando a aprender isto de ter uma equipa e gerir pessoas e expectativas. Mas elas são todas incríveis, mesmo quando eu não o faço da melhor forma e todos os dias são de aprendizagem.

Que critérios devemos ter em conta quando escolhemos uma peça de roupa nova?

Perceber o quanto precisamos daquela peça, que diferença vai fazer no nosso armário e se a vamos usar vezes suficientes que valham a pena o investimento. Daí gostarmos tanto de mostrar a versatilidade das nossas peças, para que as pessoas percebam que mesmo que seja uma peça mais diferente do seu habitual a podem usar vezes sem conta em registos completamente distintos.

Quando descobre uma mulher vestida com uma roupa da sua autoria o que é que sente?

Orgulho e timidez! Antes acontecia muito pouco, agora acontece cada vez mais e com mais frequência. Fico sempre meio envergonhada no sentido de “aquela mulher está a usar algo que eu fiz! E agora? Falo-lhe? Escondo-me?” (risos) Sim, isto passa-me pela cabeça, mas na maioria das vezes cumprimento ou digo até: “Que camisola tão gira!” Já me aconteceu, também, cruzar-me com mulheres que estou a apreciar de longe por estarem tão bem vestidas e com uma pinta descomunal e depois quando se aproximam vejo que estão a usar Mahrla e ai fico com o orgulho bem lá em cima!

Quem é que adoraria encontrar amanhã com uma peça sua vestida?

A Catarina Gouveia ou a Catarina Furtado, esta última já vestiu e ficou incrível.

As tendências vão sair de moda?

Eu acho que já há algum tempo que não se fala tanto em tendências.

Acredito que há estilos e que cada pessoa vai encontrando o seu. Acima de tudo, acho também que cada vez mais as pessoas querem começar a criar um armário seu, com peças icónicas, que respirem tudo o que as representa e consigam conjugar com as coisas mais básicas que todas temos no armário.

Se só pudesse comprar três peças de roupa novas nesta estação por quais optaria. Porquê?

Um casaco de fazenda comprido, porque acho essencial para os dias frios e vai com qualquer estilo, seja casual ou um registo mais clássico.

Umas calças cigarrete pretas, indispensáveis para qualquer situação.

Um bom vestido que nos salve sempre naqueles dias que não sabemos o que vestir!

A Marhla conta com uma loja online e duas boutiques exclusivas da marca, uma no Porto e outra em Lisboa.

Qual é a peça de roupa mais bonita que tem no seu armário?

A minha JULES branca (risos).

Quais são as três peças de roupa que mais usa e que quer manter por muitos anos no seu armário?

Os nossos calções de ganga, tenho usado imenso desde que os fizemos. Não uso mais, porque estão quase sempre esgotados e depois sei que ao usar as pessoas pedem-me e fico triste por não ter disponível.

A minha Dream Bag, de momento só temos em camel, mas é sem dúvida se calhar a peça Mahrla que mais uso.

E ultimamente as nossas calças MEL que sofreram um upgrade este ano e estão para lá de incríveis, seja no fitting, seja no conforto.

Que cuidados tem para que as suas roupas tenham uma vida mais longa?

Os que nós costumamos dar a todas as nossas clientes: lavar sempre tudo na máquina – no máximo a 30 graus – pôr a secar ao ar, pendurado num cabide. Na maior parte das vezes, as nossas peças ficam logo prontas a usar de novo.

Diga-nos três mulheres que a inspirem pelo seu estilo?

Maria Valente (conhecida como Maryzinha), Bruna Corby e Catarina Gouveia.

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