Lembro-me de, há uns anos, tropeçar numa publicação de instagram onde a querida Catarina Mira partilhava estar viciada num dos óleos labiais da Clarins. Eu, sempre curiosa, tratei logo de investigar sobre o produto. Percebi que era uma espécie de gloss com uma fórmula muito nutritiva. Nunca tinha experimentado nada do género, por isso decidi encomendar. Lembrar-me deste detalhe, tantos anos depois, é um bom sinal, não?
O início
Quando o lip oil chegou, e logo à primeira utilização, tinha o meu veredicto: este é o produto mais confortável que já alguma vez utilizei nos lábios. A textura é semelhante à de um gloss, mas mais gorda e menos peganhenta. Porém, o grande diferencial foi, sem dúvida, o aplicador. O seu formato e tamanho – muito maior do que o normal – transforma completamente a experiência de utilização. Por ser maior, torna a aplicação mais rápida. Por ser um óleo, desliza melhor nos lábios, sem colar. Forma uma película alisadora e de brilho, que faz os lábios parecerem maiores e mais cheios.
Tinha encomendado, à semelhança da recomendação da Catarina, a cor 01 Honey, com um tom alaranjado muito subtil. Mas já na altura havia meia dúzia de outras cores que, percebi mais tarde, deixavam uma tonalidade muito suave nos lábios. Fica só a falta a questão mais importante: é hidratante? Muito! E dura bastante a cada aplicação, sendo a hidratação uma constante.
Em equipa que ganha não se mexe e, por isso, passei a ter um Lip Comfort Oil da Clarins sempre comigo. Sentia que carregava o Santo Graal da hidratação lábial, pináculo do conforto, mestre da fulgência. As pessoas perguntavam-me o que é que estava a usar e eu, orgulhosa: “É um lip oil. Parece um gloss, mas hidrata imenso. Não conheces?”.
O boom
Só mais tarde é que os óleos labiais se tornaram verdadeiramente conhecidos: quando o Lip Glow Oil da Dior ficou viral na aplicação TikTok. Esgotou em todo o lado e conseguir um foi tão difícil como fazer um ovo escalfado (que parece simples, mas tem a sua ciência). Assim que o experimentei, percebi porquê: a experiência de utilização é tão boa (ou melhor) do que esperava. E, de novo, o grande segredo: o aplicador generoso que, numa só passagem, forma uma película protetora sobre os lábios. A fórmula tão hidratante é o que o distingue dos demais glosses da marca.
Os óleos labiais são, portanto, o melhor dos dois mundos: têm, por um lado, uma fórmula hidratante e nutritiva e, por outro, o acabamento de um produto de maquilhagem. Foi isso que tornou o Lip Glow Oil da Dior num sucesso de vendas e motivou o crescimento do mercado, que não tardou em apresentar alternativas. Atualmente, a maioria das marcas tem um óleo labial no seu portfólio de produtos, um hibrido entre os cuidados de pele e a maquilhagem que continua a convencer.
Se também a leitora ficou convencida, deixo-lhe dez opções para poder experimentar. E quando, daqui a uns anos, se lembrar deste artigo (como eu que lembro da publicação da Catarina), vai sorrir e pensar “a Carmo tinha mesmo razão”. Saiba que a capriconiana que há em mim está ansiosa por esse momento.