Uma nova pesquisa, realizada pela universidade de Washington, e publicada no Laterality: Asymmetries of Body, Brain and Cognition, sugere que bebés recém-nascidos que são alimentados através de biberão têm mais probabilidade de se tornar esquerdinos.
O estudo baseou-se num grupo de 60 mil pares de mães e filhos, com algumas a alimentar os bebés com aquele utensílio, e outras através da mama. Bebés alimentados através deste último método, durante um mês, revelaram ter menos 9% de probabilidade de se tornarem esquerdinos. Caso o período de tempo fosse de seis meses, essa percentagem era de 15% e, naqueles alimentados através da mama da mãe por mais de seis meses, a probabilidade de não serem esquerdinos era de 22%.
O professor responsável pelo estudo, Philippe Hujoel, afirma, “Acreditamos que a alimentação pela mama da mãe estimula o proceso pelo que o cérebro passa, em termos de solidificação da tendência para o uso da mão esquerda ou direita“. Esta conclusão leva a crer que, quanto mais tempo a mãe amamenta o bebé, maior será o impacto no desenvolvimento do cérebro deste, no que toca a esta questão específica.
“Isto fornece-nos uma linha de evidência de que a amamentação deve durar de seis a nove meses“, conclui Hujoel. Após este período de tempo, “a associação da amamentação com a tendência a ser esquerdino já não se verificava“. O professor acrescenta que este estudo apenas vem mostrar uma ligação, mas que grande parte deste processo é desenvolvido ainda na fase fetal.