![Geib_Tori_2018.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/4/2019/09/14031404Geib_Tori_2018.jpg)
Geib Tori
via site Living Beyond Breast Cancer
Após sofrer de dores de costas crónicas durante cerca de um ano, Tori Geib decidiu consultar um médico. Na altura, disseram-lhe que, por ser muito nova e ter dois trabalhos, poderia ser apenas algo como fibromialgia ou depressão, que precisava de relaxar e, eventualmente, tomar antidepressivos.
Numa crónica para a revista Health, a jovem conta que o diagnóstico a revoltou, já que não se sentia deprimida, e que a dor parecia ser “mais nos ossos do que nos músculos“. Em março de 2016, teve de ir às urgências devido à intensidade do sintoma e, lá, foram-lhe dados esteróides, relaxantes musculares e medicamentos anti-inflamatórios, e disseram que, provavelmente, estava a trabalhar demais.
No mesmo mês, ao mudar de posição na cama, Tori conta ter sentido algo na zona do peito, vindo a descobrir, depois, que era um nódulo. A mãe da jovem, enfermeira, aconselhou que esta fizesse exames, embora acreditasse que era muito nova para cancro da mama.
Prestes a completar 30 anos, e após o primeiro mamograma, ligaram-lhe várias vezes para remarcar o exame. Posteriormente, foi-lhe dito que era necessária uma biópsia e, uma semana depois, que tinha cancro da mama.
A jovem foi até Columbus procurar um oncologista, e falou da dor de costas aos médicos da Ohio State University. Um exame veio a provar que o cancro se tinha espalhado até à coluna vertebral e, dias depois, o diagnóstico de cancro da mama metastático. “Passei de ouvir ‘és demasiado nova para ter cancro da mama’ para ‘estás a morrer de cancro da mama e não há cura‘”, escreve Geib.
O mais frustrante, lembra, foi pensar há quanto tempo estaria assim, tendo em conta o quão ignorados foram os seus sintomas pelos médicos. E se tal não bastasse, veio a descobrir algo pior: um dos especialistas que tinha consultado devido à dor de costas – e que não a alertou para algo grave – deixou uma nota no seu processo, em que referia ter notado “lesões suspeitas” na coluna e osso da anca, num exame que Tori tinha realizado antes. “Nunca niguém deu seguimento a isto ou sequer me falou nisto“, escreve.
Para poder iniciar os tratamentos, Geib chegou a ter de ser submetida a uma vertebroplastia, devido ao fraco estado da coluna, que fez com que uma das vértebras partisse. “Se o cancro tivesse sido identificado quando o exame revelou lesões na coluna, a minha vértebra não estaria em tão fraca condição – e eu poderia ter começado o tratamento mais cedo“, afirma.
Após várias tentativas falhadas de tratamentos – que lhe causavam bastantes efeitos secundários -, Tori conseguiu encontrar a medicação correta para o seu organismo e, hoje em dia, sente dores que consegue tolerar, e preocupa-se, sobretudo, em viver o melhor possível. A todas as pessoas, deixa um conselho: “Obtenham uma segunda, terceira, quarta, quantas opiniões necessitarem para se sentirem confortáveis. Peçam cópias dos vossos exames, para que os possam ler antes da próxima consulta e preparar questões. Acima de tudo, confiem em vocês, já que sabem o que é ou não normal no vosso corpo“.