
No passado dia 10 de novembro assinalou-se o Dia Internacional da Ciência, essa área tão importante, mas que vive, na maioria das vezes, nos bastidores da vida. É graças à ciência que muitas doenças são apaziguadas ou mesmo resolvidas. É graças à ciência que, tantas vezes, milhões de pessoas podem respirar de alívio e dar uma nova luz às suas vidas. Mas a ciência, per si, não chega. É preciso que haja cientistas, laboratórios e médicos com garra para descobrir curas ou para desvendar caminhos em direção a esta. É o caso dos laboratórios Bella Aurora. E de Matteo Bordignon, médico formado em Medicina e Cirurgia na Universidade de Pádua, especializado em Dermatologia e Venereologia pela mesma Universidade, uma das mais prestigiadas de Itália e uma das mais antigas do mundo. É também autor e co-autor de vários artigos em revistas científicas internacionais e, durante a sua formação, participou em ensaios clínicos e atividades laboratoriais. Em conjunto com os laboratórios Bella Aurora, especialistas no estudo de melanócitos e no tratamento cosmético de manchas escuras na pele, Bordignon desenrolou a resposta para o fim do vitiligo.
Como surgiu o seu interesse no estudo do vitiligo?
Depois de entrar na especialização de pós-graduação, dediquei-me de imediato à atividade clínica e à investigação. Acontece que, a partir do meu segundo ano, comecei a frequentar a clínica responsável pelo tratamento do vitiligo: conheci tantas pessoas e muitas histórias relacionadas com o sofrimento causado por esta doença. E, paciente após paciente, ponto após ponto, terapia ineficaz após terapia ineficaz, comecei a perceber que estava diante de um mistério. À minha frente, uma pele absolutamente perfeita em todos os aspetos, exatamente igual à pele das outras pessoas; mas tão diferente devido à ausência total de pigmentação. Mas para onde foram esses melanócitos? Como é que saíram do seu lugar sem nenhum sinal ou sintoma? Cheguei à convicção de que talvez não se soubesse muito acerca do vitiligo. Comportei-me como sempre: se a estrada já marcada não me convence, sigo por um novo caminho. Então, comecei a minha pesquisa.
A percentagem de pacientes com vitiligo é grande? E igual em ambos os sexos?
Estima-se que o vitiligo afete cerca de 0,5-2% da população mundial, quase 100 milhões de pessoas. Estes são dados certamente subestimados, uma vez que muitos pacientes desistem dos tratamentos por terem sido ineficazes. Embora o aparecimento do vitiligo possa ocorrer em qualquer idade, a faixa de população mais afetada varia entre os 10 e os 30 anos. De acordo com estudos mais recentes, parece não haver diferenças substanciais entre os pacientes afetados do sexo masculino e feminino.
O que procuram os seus pacientes quando chegam até si? Porque, até hoje, não havia uma solução que resolvesse o problema a 100%?
Muitas vezes, os pacientes ouvem que devem resignar-se, porque não há cura, não há solução. Então, quando me procuram, buscam esperança e, claro, um tratamento que resolva o seu problema.

Na sua opinião, este problema de pele pode provocar problemas de auto-estima a quem sofre com manchas na pele? Ou, uma vez que se fala mais no assunto, já se convive de uma forma mais pacífica com o mesmo?Embora o vitiligo seja considerado uma patologia apenas de tipo “estético”, está entre as doenças com os menores índices de qualidade de vida, graças ao impacto psicológico “devastador” que causa nos pacientes: muitos deles perdem a auto-estima, gera-se um sentimento socialmente desconfortável nos relacionamentos, tanto profissionais como pessoais.
Como surgiu a ideia de uma colaboração com os Laboratórios Bella Aurora no sentido de encontrar um tratamento para as manchas brancas na pele?
A Bella Aurora sempre se especializou no estudo de melanócitos e no tratamento cosmético de manchas escuras na pele, por isso é uma empresa reconhecida no mundo inteiro. Em 2017, um paciente espanhol com vitiligo entrou em contacto com a Bella Aurora, e questionou porque é que não poderiam tratar também as manchas brancas. Enviou a documentação completa e detalhada acerca dos meus estudos e a central de atendimento da Bella Aurora reencaminhou a solicitação ao órgão competente. Poucos dias depois entraram em contacto comigo.
E como é que foi o decorrer do processo?
O caminho não foi fácil, deparei-me com muitas portas fechadas. Mas as minhas pesquisas e os meus estudos foram publicados nas mais prestigiadas revistas científicas internacionais e nunca desisti. A Bella Aurora aceitou o desafio, foi a única empresa que disponibilizou a sua tecnologia para a minha pesquisa. Foi um “casamento” feliz desde o início, há 4 anos: uma vez que a Bella Aurora é líder, há décadas, em soluções anti-manchas escuras, já estava habituada a trabalhar com o melanócito. Nos seus laboratórios, há um desenho lindo de um melanócito feito por um pintor, que também é biólogo: muito realista e bonito, inspira o trabalho diário desenvolvido pelos cientistas. Eles já estavam habituados a trabalhar com os melanócitos e tinham mecanismos de transporte ativo realmente incríveis. O segredo é levar o peptídeo íntegro, ativo e eficaz por toda a epiderme, para chegar à parte inferior da pele, onde ficam os melanócitos. É uma empresa linda, com pessoas incríveis. Eu só tenho a agradecer à Bella Aurora.
Como é que funciona o tratamento Repigment12 e qual o segredo do seu sucesso?
Este creme repigmentante é o resultado de uma sequência de aminoácidos: cada um tem um lugar preciso, que não pode ser substituído e que deve estar firmemente ligado de uma determinada forma. Todas as sequências de peptídeos devem ser iguais. Pode imaginar quantos testes foram feitos antes de se conseguir obter este creme?
O Repigment12 deve ser aplicado 2 vezes por dia na pele limpa. Sugerimos não aplicar outros produtos que penetrem na pele por mais ou menos 1 hora (por exemplo, auto-bronzeadores, óleos, cremes solares), para evitar interferências com o peptídeo. O Repigment12 mantém os melanócitos estáveis, enquanto a repigmentação da área afetada é estimulada por fototerapia via a exposição ao sol (evitando queimaduras) ou a radiação UVA ou UVB. Recomendamos complementar o tratamento cosmético com antioxidantes, como o RepigmentSun: tratam-se de cápsulas solares que preparam a pele para a exposição ao sol e fototerapia UV. Um suplemento alimentar que contém Vitaminas C, E, Zinco, Selénio e Cobre que ajuda a proteger as células dos danos oxidativos.