
Ana Rita Lopes, Céline Gonçalves, Paola Alberte e Patrícia Henriques são as grandes vencedoras da 21ª edição das Medalhas de Honra L’Oréal para as Mulheres na Ciência, com projetos nas áreas da saúde e sustentabilidade marinha. A decisão coube a um júri científico presidido por Alexandre Quintanilha, Professor catedrático jubilado e investigador na área da Física, numa iniciativa Integrada no programa internacional L’Oréal-Unesco For Women in Science, que já apoiou 4400 mulheres cientistas ao longo dos últimos 27 anos e tem como missão eliminar barreiras de género na ciência. Em Portugal, as Medalhas de Honra L’Oréal para as Mulheres na Ciência existem desde 2004, distinguindo cientistas jovens e doutoradas com idade até 35 anos (mais um ano por cada filho).
E em 2025 as quatro investigadores premiadas como uma bolsa de 15 mil euros são:
Ana Rita Lopes – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

O projeto que lidera, Under Pressure, contribui para políticas de conservação mais eficazes e proteção da biodiversidade, através da investigação dos impactos do aquecimento global e da poluição marinha (resíduos de fármacos, em particular) nas relações simbióticas entre anémonas e os seus parceiros marinhos,
Céline Gonçalves – ICVS, Universidade do Minho

Trabalha no projeto EVision, que visa desenvolver um método de diagnóstico e monitorização do glioblastoma, o tumor cerebral mais agressivo em adultos, através da identificação de uma ‘assinatura molecular’ no sangue. O objetivo é uma maior eficácia no diagnóstico e acompanhamento da doença.
Paola Alberte – IST-ID, Instituto Superior Técnico

Através do projeto WireCan, desenvolve sistemas nanobioeletrónicos ativados por ultrassons que travam o crescimento de células cancerígenas ao corrigir a sua atividade bioelétrica. Uma abordagem a ser aplicada a tumores como o glioblastoma e a doenças como a de Parkinson.
Patrícia Henriques – i3S, Universidade do Porto

A investigadora criou o GOcap®, dispositivo para desinfetar cateteres de hemodiálise com luz infravermelha e óxido de grafeno, sem recurso a antibióticos. Reduz infeções, taxa de mortalidade e custos hospitalares de forma sustentável.
Fotos: DR