E se já viessemos programados para comer mais e, consequentemente, sermos mais gordos? Esta é hipótese lançada por um estudo sobre genética e obesidade, publicado na revista Nature Genetics pelo GIANT Consortium.
A investigação, que avaliou 90 mil pessoas, identificou seis novas variantes genéticas que interferem no nosso Índice de Massa Corporal, o mesmo que nos diz se estamos ou não obesos. Cinco delas estão activas no cérebro, o que sugere que os genes implicados na obesidade podem afectar mais intensamente o nosso comportamento do que os processos fisiológicos que regulam a digestão ou o modo como metabolizamos a gordura.
A explicação pode estar no hipotálamo, parte do cérebro que para além de regular funções vitais como a temperatura corporal, também é responsável pelas sensações de apetite e a saciedade.