Estou no ginásio, como de forma saudável, logo não corro riscos coronários.”
Era bom era! Não queremos ser desmancha-prazeres, pessimistas ou tirar-lhe o mérito pelo esforço, até porque o seu estilo de vida desce numa percentagem assinalável o risco de ter doenças do coração, mas existem os chamados factores não controláveis: ser do sexo masculino, ter idade avançada, antecedentes familiares de diabetes, colesterol e hipertensão. Se é o seu caso, mesmo que tenha um excelente estilo de vida, convém controlar o coração regularmente com check ups médicos.
“Ainda sou nova, não tenho que me preocupar com isso.”
Também era bom, mas é falso. Na verdade, as doenças coronárias geralmente começam a desenvolver-se na adolescência, sobretudo devido a maus hábitos, que se pagam caro mais tarde. Se for nova, mas obesa, também está na linha da frente das pessoas susceptíveis, assim como se tiver hipertensão ou historial familiar.
“Um copinho não faz mal.”
Se se limitar a um copo de vinho tinto por dia, pode até estar a beneficiar o seu coração, é verdade. Mas se ultrapassar esta dose, entra logo na linha vermelha. E abster-se durante a semana para beber demasiado no sábado à noite também é péssimo porque vai sobrecarregar o músculo cardíaco.
“Fiz dois ovos mexidos para o almoço. Não posso comer mais nada com colesterol hoje.”
Pois não. Se virmos que uma gema tem entre 200 e 250mg de colesterol e a dose diária recomendada é de 300mg, percebe-se porquê… Por isso terá de controlar a ingestão de mais gorduras animais no resto do dia.
“Tensão muito alta é perigoso, mas muito baixa não.”
Está enganada, é certo que para o coração é a tensão alta que é o factor de risco, mas em algumas ocasiões, e no caso de baixar demasiado, pode ter sintomas de fadiga, desmaios e falha renal.
“Os principais sintomas de ataque cardíaco são dor no peito e no braço.”
Da maior parte dos ataques cardíacos sim, mas não se esqueça que cerca de 25 por cento dos casos podem nem sequer ter sintomas, sendo por isso classificados de silenciosos, mais frequente em pessoas diabéticas. As mulheres também são mais propensas a ter sintomas atípicos, como dores de cabeça, náuseas e dores de estômago, que muitas vezes não relacionam a tempo com ataques cardíacos.