Apesar dos riscos conhecidos relacionados com a gravidez tardia, tanto para a saúde da mãe- que tem maiores probabilidades de sofrer aborto, ter diabetes gestacional, hipertensão e pré-eclâmpsia -, como para o bebé – que tem maiores probabilidades de nascer com malformações e doenças genéticas – parece que uma vez ultrapassados estes perigos estatísticos, oe bebés nascidos de mulheres com mais de 40 anos são mais saudáveis e inteligentes do que a média.
É o que diz um estudo feito por investigadores do Instituto de Saúde Infantil e das universidades de Londres e Birkbeck divulgado ontem na Conferência do Royal College of Paediatrics and Child Health, em Glasgow, no Reino Unido.
Comparativamente às crianças nascidas de mães mais jovens, as nascidas de mães com mais de 40 anos, apresentavam maior desenvolvimento vocabular e melhores resultados em testes de QI, o que pode dever-seà maior maturidade e experiência de vida das mães mais velhas, avança o estudo.
A maior disponibilidade psicológica para os filhos pode fazer toda a diferença no que toca à educação destas crianças, que têm menos probabilidade de dar entrada no hospital por acidente, provavelmente porque as mães são mais capazes de detetar situações potencialmente perigosas, e de ficarem obesas. Tudo graças à sabedoria da idade, é o que supõem os investigadores.
São boas notícias para Madonna, Celina Dion, Mariah Carey, Emma Thompson, Liz Hurley, Mónica Belluci ou Julia Roberts, todas elas mães depois dos 40, mas também para muitas portuguesas já que a tendência para adiar a maternidade tem vindo a acentuar-se nos anos recentes. De 2003 para 2010 o número de grávidas entre os 35 e os 39 anos passou de 13,9 do total, para 18% e o número de mulheres a ter filhos depois dos 40 passou de 1,9% para 3,4% do total de nascimentos.