Uma mudança simples do pão para massa pode ser o suficiente para ajudar a reduzir o risco de cancro da mama, conclui um novo estudo realizado pelas Universidades de Toronto e Milão. A pesquisa aponta que, manter uma dieta rica em pão, após a menopausa, pode aumentar o risco de desenvolver a doença em 60 por cento. No entanto, as probabilidades caem para as mulheres que preferem a massa.
Na mesma investigação ficou provado que em qualquer idade, as pessoas com excesso de peso e que comem bastante pão, aumentam o risco para quase metade.
O estudo que foi realizado em 11 mil italianos de várias idades, revelou que o diagnóstico varia consoante a dieta alimentar: pão ou massa. Mas só no caso das mulheres. No caso do cancro da mama, os investigadores revelam que as mulheres, entre 55 a 64 anos que comem muito pão têm mais 60 por cento de probabilidades de ter a doença. No caso das que estavam acima do peso indicado, o risco aumenta para 45 por cento.
A equipa de cientistas que trabalhou na pesquisa inclui investigadores que também trabalham para a Organização Mundial da Saúde. A conclusões apontam para o facto de não existir um aumento significativo na probabilidade de ter a doença, para quem prefere as massas.
No caso do cancro colo-retal, os números apontam que o alto consumo de pão nas mulheres dobra o risco de ter esta doença. Para os homens a percentagem sobe 22 por cento.
O estudo, publicado na revista Annals of Oncology, sugere que o pão promove elevados níveis da hormona feminina, o estrogénio, um conhecido fator de risco de cancro da mama – por causa do seu alto índice glicémico, que é mais baixo no caso da massa.
Os céticos apontam alguns problemas na generalização de conclusões deste estudo, nomeadamente o facto de a população estudada ter sido apenas proveniente de Itália.