Este tema merece uma atenção central antes e durante a gravidez. Eu diria que é no mínimo tão importante como os exames pré-natais e todo o acompanhamento médico durante a gravidez.
A irrefutável expressão “somos o que comemos” aplica-se a dobrar durante a gravidez, com a diferença de que a saúde do seu bebé dependerá das suas escolhas alimentares, o que reforça o seu sentido de responsabilidade para contribuir para o bem-estar do novo ser que está a gerar e que será o centro da sua existência.
São vários os estudos científicos que relacionam os hábitos alimentares antes e durante a gravidez e a ocorrência de parto prematuro. Sendo que o parto prematuro é a principal causa de doença e morte infantil e ocorre em cerca de uma em cada 10 gravidezes no mundo.
Um dos estudos acerca deste tema foi realizado na Universidade de Adelaide e publicado no “The Journal of Nutrition” e revelou que as mulheres que possuíam uma dieta pobre antes de engravidarem, estariam 50% mais predispostas para ter um parto prematuro do que as mulheres que possuíam hábitos alimentares saudáveis.
Neste estudo, as mulheres que se alimentavam essencialmente de frutas, legumes, cereais integrais e leguminosas, carnes magras e peixes, apresentavam uma predisposição significativamente menor para a ocorrência de parto prematuro.
Por outro lado, as mulheres que se alimentavam de alimentos processados ou fast food, fritos, alimentos açucarados (bolos, bolachas, biscoitos, refrigerantes, etc.) e outros alimentos ricos em gorduras saturadas, apresentavam maior risco de parto prematuro.
Se o tipo de alimentação durante a gravidez tem uma relação tão directa com a ocorrência de parto prematuro, podemos facilmente concluir que este factor afecta igualmente todos os aspectos da saúde da criança, já que o processo de gestação é determinante para o que irá ser a vida fora do útero materno.
Nesse caso, escolhas alimentares inteligentes antes e durante a gravidez, estarão a contribuir grandemente para preservar a saúde da criança, prevenindo o aparecimento de inúmeras doenças.
A consciência alimentar vai sendo fomentada ao longo dos anos e a informação está cada vez mais ao dispor da população. O que penso que ainda não está cimentado, é o real impacto que as escolhas alimentares têm na nossa saúde e na nossa vida.
Por esse motivo, convido-a a encarar este tema não como um mero complemento mas sim como uma elevada prioridade.
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