Há dias estávamos cá em casa a ver os episódios mais recentes de Big Bang Theory e comentámos como Kaley Cuoco, a adorável Penny, perdeu imenso ao ter cortado as suas madeixas. É que há mulheres que ficam bem de cabelo bastante curto – não só lhes dá um ar mais sofisticado como lhes acentua os traços – mas sempre tive para mim que há poucas que fiquem melhor assim. São mais as que apenas escapam com isso sem estragar a beleza toda.
Atenção- é verdade que mulheres realmente belas não precisam de se esconder atrás de um cabelão (recurso imediato de algumas raparigas vistosas, mas de traços grosseiros e gosto duvidoso).
Mas não deixa de haver algo de mágico, de eterno feminino, num cabelo longo q.b. e bem tratado, penteado adequadamente sem exageros, brilhante, sedoso, aveludado, da sua cor e textura naturais ou se, avivado ou transformado por qualquer artifício, tão perfeitamente cuidado que tal não se note em raízes crescidas, pontas espigadas nem aquele horrível ar de “graxa” ou “palha”.
A não esquecer também que as proporções e o estilo de cada uma contam muito: por vezes, quem decide fazer um corte radical pensa apenas se lhe vai bem ao rosto ou não, descurando o resto do corpo e a forma como costuma vestir. Regra geral, sempre me pareceu que mulheres mais atléticas, curvilíneas ou cheiinhas, com busto acentuado e ombros largos -como Kaley Cuoco – não ganham tanto em usar o cabelo muito curto: dá ideia que lhes faz a cabeça demasiado pequena em cima do resto, a não ser que optem por um estilo clássico, requintado, muito composto e pouco revelador (vide Morena Baccarin em “V” ou Robin Wright em “House of Cards”).
Quem tem curvas, se quer cortar, melhor fará em optar por um penteado médio e bem feminino, estilo anos 50, como o de Marilyn Monroe e Ava Gardner.
Numa mulher franzina, uma Kate Moss, uma Twiggy ou Mia Farrow, o caso é outro; essas suportam melhor o “pixie cut” ou “corte à rapaz”, dependendo tal escolha apenas do gosto pessoal por um look mais ou menos feminino no sentido tradicional do termo.