Não há tempo a perder. De 12 a 25 de março todos os minutos contam. Porquê? A sétima edição das Hair Fashion Weeks entra em funcionamento em todos os salões da Jean Louis David Portugal. É preciso explicar, lembrar e sublinhar às 15 mil pessoas que por ali passam semanalmente que fazer uma nova coloração (por apenas 28 euros na primeira semana) ou fazer um corte (por 20 euros na segunda semana) é mais solidário do que nunca, já que dois euros do valor final revertem a favor do Fundo iMM-Laço, entidade que apoia projetos de investigação na área do cancro da mama. Por cada produto vendido são doados 0,50 euros.
Durante anos, os salões de cabeleireiro foram, para muitos, verdadeiros esconderijos onde o profissional era uma espécie de confessor, que guardava para si tudo o que ouvia da boca do cliente. Chamemos cumplicidade àquilo que os une. Quando esta relação se espraia por todo o país, a marca fica em vantagem, já que a dispersão geográfica lhe aumenta o conhecimento das diferenças entre regiões. “Permite aos profissionais sedimentar com solidez a relação com os clientes, sabendo o que se passa. Para nós é bom!”, defende Rui Sacadura Arroja, administrador-geral do Grupo Provalliance, detentor da marca Jean Louis David Portugal.
E não parece ser uma tarefa difícil quando os colaboradores tomam a causa para si, abraçando-a: questionados sobre que áreas deveriam apoiar para dinamizar a área de responsabilidade social assumida pela empresa, facilmente chegaram a um consenso. Para o representante da marca, a par do envolvimento e dinamismo das equipas é “a relação entre o profissional e o cliente que permite propor a relização de alguns serviços, o que torna esta abordagem eficaz e elegante. As pessoas estão sensibilizadas e a mensagem passa”.
O desafio é lançado numa das conferências comerciais mensais que a Jean Louis David Portugal promove junto dos seus 340 colaboradores, 80% dos quais do sexo feminino. “As equipas sabem que têm duas semanas para propor serviços a um preço competitivo para, de facto, levar as pessoas a sentirem-se tentadas a recorrer ao serviço e depois contribuirem com dois euros. Para a primeira semana estão pensados serviços de cor a 28 euros; a segunda haverá serviços de corte a 20 euros.”
Questionado sobre a dificuldade em associar conceitos de beleza e a saúde, o responsável da Jean Louis David Portugal afirma com certeza que ambos casam na perfeição nestas ações que considera serem “de peso”. “Isto tem tudo a ver connosco e com aquilo que fazemos, em termos de imagem, de relacionamento e, sobretudo, pelo facto de ser uma questão maioritariamente do universo feminino”, defende sublinhando que os valores obtidos têm sido “interessantes”: cerca de 14.938 euros o ano passado [45.000 euros no total das edições]. Mais do que isso, Rui acredita que o mais importante é perceber que todos estão envolvidos na causa. “As pessoas faturam de acordo com aquilo que trabalham e, durante estas semanas, cedem esse valor com muito gosto”, recorda.
Para a edição deste ano foi reservada uma novidade. Porque ser solidário é bom, mas estender essa possibilidade aos outros duplica esse sentido, será possível adquirir vouchers até 31 de março e utilizá-los de 1 de abril a 31 de maio deste ano. Se nunca sabe o que oferecer no dia da mãe e do pai ou no aniversário daquela amiga mais difícil de agradar, arrisque na compra de um destes vouchers e deixe-se surpreender com os resultados.
Porque é que (ainda) vale a pena apoiar esta causa?
Perguntar a quem diariamente se debate com o tema do cancro da mama sobre se ainda vale a pena apoiar esta causa tem várias respostas (óbvias e) plausíveis, até porque as necessidades são diversas. De acordo com Lynne Archibald, do Fundo iMM-Laço, a questão financeira é a ‘bottom line’ do problema. Seria romântico não pensar no assunto, mas a verdade é que os projetos de investigação que poderão levar a conclusões mais precisas sobre o assunto têm um custo. A investigadora Sandra Casimiro acaba de receber uma bolsa no valor pecuniário de 25 mil euros e Lynne não tem dúvidas que é fruto das inúmeras campanhas. É o ‘awareness’. “Sem campanhas não há bolsas; sem bolsas não há estas investigações. Não existe uma cura para o cancro da mama metastático, por exemplo. Não sabemos a causa e, portanto, não há prevenção primária. Todos os projetos que estamos a apoiar estão centrados na necessidade de perceber exatamente o que está a acontecer com o cancro da mama. É mesmo importante porque, infelizmente, ainda há muitas mulheres em Portugal com cancro da mama metastático”, explica Lynne.
Quando aproveitar esta campanha lembre-se que cada ‘tesourada’ é um corte com o historial da doença; cada colaração é o pintar de um futuro de esperança para estas (e todas as outras) mulheres.