Entrevista a Soraia Chaves:

Soraia Chaves tem, aos 27 anos, um novo ‘bebé’ nas mãos: o filme ‘A Bela e o Paparazzo’, uma comédia romântica de António Pedro Vasconcelos, em que contracena com Marco d’Almeida. O filme estreia dia 28 e espera-se, no mínimo, um êxito como o de ‘Call-Girl’.





Pensou duas vezes quando o António Pedro Vasconcelos a convidou para protagonizar o seu novo filme, ‘A Bela e o Paparazzo’?



Não, não pensei! O encontro com o António-Pedro foi tão feliz no ‘Call-Girl’! Nesse tinha uma personagem fortíssima a nível de guião, com grande profundidade, mas senti-me sempre muito apoiada, porque ele é um realizador que se preocupa muito com a história e tem a atenção muita virada para o actor. Senti-me tão segura com essa experiência, que fiquei agradavelmente surpreendida com este convite (ele já me tinha dito que gostaria de voltar a trabalhar comigo, só que não esperavaque fosse tão rápido). Claro que disse ‘sim’.







Qual o maior desafio deste projecto?



Um dos grandes desafios foi ser uma comédia romântica que não é habitual em Portugal. Eu acho que vai divertir as pessoas! A personagem da Mariana é completamente diferente do que tinha feito até agora: é uma actriz de telenovelas, tornou-se numa vedeta e é perseguida pela imprensa cor-de-rosa e, quando começa o filme, está desconfortável no seu papel e com dúvidas existenciais: é como se a vida dela também estivesse a ser ficcionada pela imprensa. Sente que já não tem vida. É impulsiva, capaz de bater e de explodir até que se apaixona por um homem (Marco d’Almeida), mas sem saber que ele é exactamente o paparazzo que a persegue e que escreve aquelas notícias horrorosas sobre ela.

Idenfica-se com a Mariana?





A nível de personalidade, a Mariana não tem nada a ver comigo, mas identifico alguma da sua angústia, apesar dea minha vida nunca ter chegado a esse extremo de exposição mediática:é como se a tivesse de multiplicar por dez. Porque a Mariana entrou no jogo com a imprensa e eu nunca o fiz, porque sou reservada por natureza. Incomoda-me expor a minha vida pessoal.

Pesquisa o seu nome na Internet?





Tenho curiosidade de pesquisar o meu nome , de saber o que se diz do meu trabalho, mas encontro coisas desagradáveis. Porém, criei barreiras, até porque porque o nome de alguns sites – como ‘famosas despidas’, por exemplo – permite adivinhar o que lá está. Prefiro ignorar.

E as críticas sobre o seu trabalho?

Como lida com elas?





Tenho curiosidade e receio sobre as críticas e nunca as leio no dia a seguir ao lançamento de um filme. Sou muito exigente e tenho sempre a sensação que está tudo mal. Isso faz-me andar para a frente.

Porque é que tomou a decisão de sair do país e ir morar para Madrid?





Com o filme ‘O Crime do Padre Amaro’ enti que as pessoas faziam um julgamento só com base naquilo e isso era castrador. O que tentei evitar foi manter-me fechada nesta caixa, Ficar aqui, sempre a fazer aquele tipo de filmes. Foi muito importante e revelador porque tive consciência de que aquilo que realmente queria fazer na vida era representar e por isso escolhi ir estudar para o estrangeirto. Neste momento estou a aproveitar o tempo em Madrid para crescer enquanto actriz, tirando um curso, mas não excluo viajar mais e ficar noutro país.

Quais são os seus planos para o futuro?

Nunca faço planos a longo prazo, por isso não penso casar nem ter filhos. Para já, estou concentrada na minha carreira.



Quando era criança, via-se como actriz?



Quando era criança, sonhava com o mundo do espectácul, que achava fascinante. Queria fazer aquilo! Ou seja representar, dançar, aparecer na televisão. Depois comecei a trabalhar em moda aos 14 e aos 21 queria mudar de vida e investir em algo que me preenchesse. Mas ia a castings para actores e nunca ficava! Pensei então tirar umas aulas e foi então que surgiu a hipótese de ‘O Crime do Padre Amaro’.

Tem muitos cuidados com a aparência





Não sou nem quero ser escrava da minha imagem. Há alturas em que sou mais activa e como melhor, outras em que me apetece comer mais, também o faço. Deixo levar-me pelo meu instinto. Não tenho uma disciplina rígida. Achei fantástico terem eleito a Kate Winslet como a actriz com o melhor corpo, porque tem curvas, é natural! Isso é bom, combate o estereótipo que, para um corpo ser bonito, não pode haver pingo de gordura!

Torna tudo mais fácil o facto de ser bonita?



Quem é bonita tem de dar provas extras, é fácil haver uma certo preconceito em relação às mulheres bonitas. Pode ajudar a lançar uma carreira, mas não aguentá-la. É preciso haver conteúdo e trabalho. Não acredito na beleza por si só!







Calculo que o filme ‘A Bela e o Paparazzo’, como todas as comédias românticas, acabe bem… Acredita na máxima "e viveram felizes para sempre"?





Gosto de acreditar na possibilidade romântica do "viveram felizes para sempre" É bom mantermos vivos o romantismo, apesar de todas as contrariedades do mundo actual.

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