Madonna será a protagonista da edição de novembro da revista Harper’s Bazar. Para além de uma produção fotográfica arrebatadora e ousada, escreve um artigo na primeira pessoa, em jeito confessional e intitulado ‘Truth or Dare’ – que também é o título do documentário sobre a sua vida, realizado em 1991 – onde revela ter sido vítima de violação e de outros crimes. O incidente terá acontecido durante a juventude, nos difíceis primeiros anos em Nova Iorque, quando era ainda desconhecida e tentava vingar como artista.
"Nova Iorque não foi tudo aquilo que eu pensava que seria. Não me deu as boas vindas de braços abertos. Logo no primeiro ano, fui assaltada à mão armada. Violada no topo de um prédio, fui forçada com uma faca apontada às costas e o meu apartamento foi assaltado três vezes – nem sei porquê; não tinha nada de valor, depois de levarem o meu rádio, da primeira vez."
Num artigo onde resume as diferentes fases da sua vida, desde a adolescência, e o que houve de desafio nelas, a ‘material girl’ confessa que a "provocação está inscrita no seu ADN". "Aos 25 anos comecei a usar todos os crucifixos que conseguisse à volta do pescoço e, quando me perguntavam porque o fazia, nas entrevistas, respondia que achava Jesus sexy. Bem, para mim ele era de facto sexy mas também o fazia para provocar. Tenho uma relação engraçada com a religião. Sou uma grande crente no comportamento ritualístico, desde que não magoe ninguém. Mas não sou grande fã de regras."
Numa produção fotográfica e artigo arrojados, Madonna abre as portas do confessionário e relembra-nos porque continua no topo, aos 55 anos.