O Teatro Dolby, em Los Angeles, foi a casa da maior festa do cinema, mas a verdadeira agitação passou-se a alguns quarteirões do edifício, onde centenas de protestantes, cerca de 300 segundo o TMZ, marcharam contra a falta de diversidade entre os nomeados.
O líder do protesto era o reverendo Al Sharpton, 61, um conhecido ativista social e figura proeminente na comunidade afro-americana, que a certo ponto levantou um Óscar pintado de branco e disse ao público que esse devia ser o prémio entregue aos nomeados na 88ª edição do evento.
“O vosso tempo esgotou-se”, disse em relação à academia. “Não vamos permitir que os Óscares continuem. Esta vai ser a última noite dos Óscares brancos”
Sharpton prometeu ainda um protesto mais longo aos presentes, bem como exercer pressão sobre os anunciantes se a situação não mudar no próximo ano.
“Não estamos a dizer quem deve ganhar. Mas se somos afastados do processo, estamos a lidar com uma exclusão sistémica”, continuou.
Enquanto marchava, ao som de música funk e dos cânticos dos protestantes para “diversificar a Academia”, o reverendo deu uma entrevista ao ‘Variety. Disse ao site que as intenções da Academia de fazer mudanças internas é “um passo na direção certa”, mas ainda há muito por fazer.
“No ano passado, disseram-nos que iam agir e mudar as coisas, e não o fizeram. Depois quando denunciámos [as nomeações] deste ano, eles convocaram uma reunião de emergência. Levaram um ano a convocar uma reunião de emergência”.
Al Sharpton deixou claro que a manifestação não tinha como objetivo perturbar a cerimónia dos Óscares e também não era sobre Chris Rock ou Leonardo DiCaprio.
“Não somos anti-Leonardo. Somos anti-exclusão, por parte da Academia e daqueles que detêm os maiores estúdios cinematográficos e têm tomado as decisões”, concluiu.