Goldie Hawn disse a sua verdade (nua e crua) sobre envelhecer na indústria do entretenimento.
A estrela de 71 anos abriu o coração sobre a longa carreira na edição de junho/julho da ‘Harper’s Bazaar’, e explicou porque não fica incomodada com a discriminação etária no que diz respeito a papéis para atrizes mais velhas.
“Achas que vais lutar contra o sistema?”, perguntou. “Achas que vais provar a Hollywood que quando chegas aos 45 ainda és um objeto sensual e viável? Não. Há uma certa realidade”, explicou. “Se me enfurece? Não. Não sou uma pessoa zangada. Não sou militante. A raiva não nos leva a lado nenhum. Não é produtiva”.
Quanto às críticas que já enfrentou pelos tipos de papéis que escolhe como, por exemplo, uma loira aluada no programa de comédia dos anos 60 ‘Laugh-In’, Hawn está igualmente tranquila.
“Uma editora de uma revista feminina veio ter comigo e perguntou-me se não me sentia terrível por dar vida a uma loira burra”, lembrou. “Disse-lhe: ‘Não entendo a questão porque já estou libertada. A libertação vem de dentro'”.
Contudo, a mãe de Kate Hudson já fez a sua parte na luta pro-feminista em Hollywood, protagonizando filmes impulsionados por mulheres como, por exemplo, ‘A Morte Fica-Vos Tão Bem’ (1992) e ‘O Clube das Divorciadas’ (1996).
“Apesar de sermos todas estrelas, Hollywood estava nervosa em relação ao filme”, disse sobre ‘O Clube das Divorciadas’, que contava ainda com a participação de Bette Midler e de Diane Keaton. “Todas levámos uma redução nos nossos salários, porque os estúdios nunca foram otimistas em confiar que um filme ‘carregado’ por mulheres realmente funcionaria”.
Goldie Hawn aparece ao lado de Amy Schumer no filme ‘Snatched’, que marca o seu regresso ao grande ecrã depois de uma pausa de 15 anos. A atriz está de volta, melhor que nunca, e interessada em participar em mais projetos, mas nos seus termos.
“Há tanto para dizer sobre as décadas que vivi”, revela. “Nunca segui o caminho normal, o que quer que isso seja – se é que sequer existe”.
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