O dia é histórico e a cerimónia que investiu Carlos III e Camilla como os novos reis do Reino Unido também o foi. Há 70 anos que não se vivia algo assim e a expetativa era muita. Mas talvez ninguém esperasse uma cerimónia tão repleta de tradição e, ao mesmo tempo, com um cunho tão pessoal e simbólico como foi esta pensada ao mais ínfimo detalhe pelo rei Carlos III.
Foi numa Abadia de Westminster enfeitada com mais de 120 variedades de flores e perante mais de 2200 convidados de várias partes do mundo, que o arcebispo da Cantuária coroou Carlos e Camilla como reis. Primeiro foi Carlos, sob o olhar atento e terno de Camilla, e depois foi a própria a receber a coroa. O rei não conseguiu esconder o sorriso ao ver a sua mulher já como rainha.
Para esta cerimónia, Carlos escolheu cada música e cada leitura, sendo que cada detalhe teve sempre um simbolismo por trás. O coro que cantou a música Aleluia, por exemplo, foi o mesmo que cantou no casamento de Harry e Meghan, havendo aqui um sentido de agregação e de união por parte do monarca, ao incluir assim a presença do filho e da nora, que há muito têm mostrado o seu desagrado para com a família real. Na verdade, Harry marcou presença na Abadia de Westminster, mas Meghan ficou na Califórnia com os filhos.