Cindy Crawford não quer parecer mais jovem do que é
A supermodelo Cindy Crawford pode ser muito bonita mas, por favor, não digam que não parece ter a idade que tem.
Numa entrevista recente, Crawford disse que não lhe atribuirem idade por aparentar ser mais jovem do que se lê no cartão do cidadão é um lembrete de que ela, de facto, não o é.
“Dizerem-me que não tenho a idade que tenho não é correto, especialmente porque envelhecer já é difícil. Já para não falar do facto de vivermos numa cultura obcecada pela juventude. Não tenho 25 anos, por isso porque é que hei-de tentar parecer ter 25? Porque é que quero que alguém me confunda com uma pessoa de 25? Tive filhos. Tenho toda esta experiência de vida”.
Acrescentou que, nos primeiros tempos da sua linha de cuidados para a pele, Meaningful Beauty, os anúncios costumavam mostrar a sua fotografia lado a lado com uma voz que dizia “Ela não envelheceu“.
“E eu dizia-lhes para pararem, porque isso colocava demasiada pressão sobre mim”, revelou. “Conheço todas as formas como envelheci. O meu rosto ficou muito mais fino e a minha boca não está tão cheia,” assume.
Também falou de como, quando começou a ser modelo, se interrogava sobre o que faria depois de fazer 25 anos. Certo é que Crawford manteve-se na indústria, continuando a ser modelo e a marcar campanhas aos 56 anos.
“Não havia maneira de pensar que ainda estaria, entre aspas, a ser modelo até hoje. E apesar de não estar à frente da câmara tantas vezes como costumava estar – nem quero estar – sempre que me tiram uma fotografia, mesmo que seja só com um iPhone, estou a fazer uma pose. Não se pode desaprender isso.”
Acrescentou que, com o passar do tempo, o seu negócio também cresceu. Agora, tem a sua coleção Cindy Crawford Home, vários livros e uma série documental para a Apple TV+ chamada The Supermodels, que contará com a participação de Crawford e das colegas ícones da moda: Naomi Campbell, Linda Evangelista e Christy Turlington.
Crawford acredita que ainda tem muitos fãs porque é “autêntica”. E isso é parte da razão pela qual continua a ser manequim aos 50.
“Há uma comparação que uso muito: Sou como um atleta envelhecido. Conheço o jogo muito melhor, mas não tenho um pescoço de 20 anos ou algo do género. Às vezes penso: ‘Que se lixe. Se calhar, não quero continuar a ser modelo’. Mas depois penso: ‘Bolas, então estou a dizer às mulheres que, a partir de uma certa idade, já não temos mais tempo e devemos ir para a prateleira?’ Será que quero fazer parte disso para as mulheres? E por isso não o faço”.
A modelo acrescentou que, embora por vezes não se sinta “tão confiante” nas fotografias, continua grata por estar aqui.
“Isso é real. O envelhecimento é o que acontece se tivermos sorte. Significa que estou viva.”
Cindy Crawford não quer parecer mais jovem do que é