@gisou segredo-para-um-cabelo-brilhante-e-saudavel
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Tenho de começar este texto com uma nota de honestidade: o meu cabelo aborrece-me muito. Não sei dizer isto de outra forma. Sinto que todo o cuidado pessoal que uma pessoa pode ter, no meu caso, foi mal distribuído. Primeiro a pele, depois a pele, a seguir a pele e, no fim, o cabelo. Provavelmente, este desequilíbro deve-se ao facto de ter um cabelo que nunca me deu problemas versus uma pele que, dia sim dia sim, me dá trabalho.

Chego a casa às tantas da manhã, exausta, destruída, a morrer de sono. Independentemente de estar, ou não, a usar maquilhagem, está fora de questão deitar-me sem lavar o rosto e aplicar, pelo menos, um creme hidratante. Acordo atrasada, com mais sono do que quando me deitei e tenho de sair de casa em cinco minutos? Se tiver de escolher entre tomar banho e não usar um único creme ou lavar a cara com água bem fria e aplicar apenas protetor solar… escolho esta última. Pausa para choque. Podemos prosseguir.
Por outro lado, no extremo bem oposto, no dia em que acordo e percebo que, se calhar, a raiz do meu cabelo está mais oleosa do que o recomendado… vou a correr lavá-lo? Não. Faço um apanhado e estou ótima para enfrentar o dia.

Se devia assumir isto logo a abrir um texto de uma rúbrica de beleza, onde falo, no título, sobre o segredo para um cabelo brilhante e saudável? Provavelmente não. Mas fique comigo, leitora. Prometo que não se arrepende. 

O contexto 

Em pequena, sempre tive o cabelo curto. Ia ao cabeleireiro todos os meses para manter o corte à tigela que a minha mãe insistia em que eu usasse. Quando tive idade para decidir qual o corte de cabelo que queria (aka, quando já conseguia lavar o meu cabelo) percebi a escolha da minha mãe. Cabelos compridos dão muito trabalho. Dão mesmo muito trabalho. Hoje, quase nos 30… mínimos olímpicos. Adoro os meus 70 centímetros de cabelo todos os dias, menos quando tenho de lavá-los.  

Porque é que este momento de flagelação pública da minha dignidade infligida por mim, a mim própria, é importante para si, querida leitora? Porque depois de tantos anos a lidar com demasiado cabelo (e demasiada preguiça) sinto que tenho jurisdição suficiente para me autointitular mestre dos cuidados capilares. Se consigo manter um cabelo comprido digno de elogios quando tenho um total de zero energia para cuidar dele… isto é um talento – digo eu e a minha modéstia. 

O segredo? 

Não, não lhe vou dizer que só deve cortar o cabelo em quarto crescente, para que ele cresça mais rápido e saudável… Apesar de seguir esta superstição religiosamente. Mal não faz! 

Podia dizer-lhe que o segredo é lavar o cabelo o mínimo possível, mas creio que essa é uma decisão muito pessoal e está mais relacionada com os seus níveis de energia do que com a saúde capilar (bom… a menos que a frequência seja mesmo demasiado alta, ou demasiado baixa). Tenho para mim que a única vantagem de lavar o cabelo mais do que o estritamente necessário é que, teoricamente, vai cuidar melhor dos fios. Vai penteá-los mais vezes, antes ou depois de o lavar, e hidratá-los mais vezes, com os condicionadores e as máscaras que usa. Em contrapartida, pode estar a desidratar o seu couro cabeludo (alguém falou em descamação?). Pessoalmente, o couro cabeludo é que manda. Pode pentear e hidratar os fios diariamente sem ter de lavá-los.

A oleosidade 

Claro que temos a questão da oleosidade. Também o meu cabelo já teve fases em que ficava oleoso de um dia para o outro. Nestes casos, não há muito a fazer. 

Pode usar um champô seco, como o clássico (1) Champô Seco da Batiste (€3,99) ou o adorado (2) Perfect Hair Day da Living Proof (€37,45), mas isso não deve dar-lhe mais do que um dia. O champô seco não é uma alternativa à lavagem, mas sim um produto para emergências. São incríveis pelos ingredientes que absorvem o óleo do cabelo, mas esses componentes (como o amido, o arroz, o milho, a argila…) não se evaporam por magia. Ficam no seu couro cabeludo até à próxima lavagem. E se lhes der tempo, são meninos para começarem a criar complicações como descamação, prurido e/ou irritação. 

A lavagem 

O segredo não está na frequência com que lava o cabelo, mas na quantidade de vezes que o faz… de cada vez. Lave o cabelo sempre que sentir que tem de o lavar. Se o sente oleoso, sujo ou pesado. Porém, traga para o duche a mesmo lógica do double cleasing: lave o cabelo duas vezes. Na primeira lavagem, vai remover toda a oleosidade e produtos acumulados para que, na segunda aplicação, o champô possa fazer aquilo que é suposto. E enxague bem. O mesmo para condicionadores e máscaras que use depois. Restos de produto em cabelo seco não vão trazer nada de bom. 

As pontas 

Por favor, não esfregue as pontas. Seja ao lavar, com o champô, ou ao secar, com a toalha. O champô deve ser aplicado apenas no couro cabeludo. Quando enxaguar, o champô vai escorrer para o comprimento e para as pontas. Isso é suficiente. As pontas são a parte mais frágil e mais porosa dos fios. A mais antiga, com mais historial de agressões, a mais fina. Não as esfregue também com a toalha. Aperte-as apenas o suficiente para retirar o excesso de água. Podendo, use toalhas próprias para cabelo como a (3) Toalha de Microfibra da Decathlon (€5), menos agressivas e mega-absorventes. Trate as pontas do seu cabelo com o carinho que elas merecem.  

As escovas 

Mantenha o carinho com as pontas quando as escova, independentemente de quando o faz. Comece por elas. Pode parecer estranho, mas comece das pontas para a raiz. Quando faz o contrário, a probabilidade de partir fios é muito maior, uma vez que está – literalmente – a arrastar os possíveis nós de cabelo até à zona onde o fio é mais sensível, mais poroso. Se começar por baixo, quando chegar à desejada passagem da raiz até às pontas, a escova ou o pente (de dentes largos, por favor!) vai deslizar na perfeição, reduzindo bastante a probabilidade de fios partidos. 

Ainda eu adolescente, um cabeleireiro explicou-me como devemos sempre escolher escovas sem aquelas típicas bolinhas no topo dos dentes. Os fios têm mais um sítio onde prender e partir. Desde esse dia que tenho isso em consideração. Na altura, usava principalmente pentes largos como este (4) Pente Garfo da Pluri Cosmética (€1) e este (5) Pente de Desembaraçar da Beauty List (€1,99) – opções ainda menos agressivas para o cabelo. Quando senti necessidade de usar uma escova, escolhi a, já na altura, mítica (6) The Original da Tangle Teezer (€14,95). Não adorava a ergonomia, escorregava da minha mão imensas vezes, mas não havia melhor para desfazer os nós do meu cabelo sem que isso fosse uma experiência (demasiado) dolorosa. Hoje, a marca estendeu a tecnologia Detangling a modelos mais clássicos e outras marcas aproveitaram a boleia e oferecem opções semelhantes. Falo da minha de eleição aqui.  

O óleo 

Ainda sobre pontas, mais uma sugestão. De novo, elas não precisam de champô tanto como o couro cabeludo. É importante referir isto porque, em muitos casos, os champôs são, até, demasiado agressivos para as pontas. Como é que resolvemos isto? Óleo. O óleo vai criar uma barreira protetora, um escudo nas zonas que não precisam de ingredientes e fórmulas de limpeza tão fortes. Costumo lavar o cabelo de manhã. Na noite anterior aplico uma boa mão (ou duas… ou três) do meu óleo de cabelo de eleição. Já experimentei vários, mas acabo sempre por voltar ao mesmo: (7) Óleo Extraordinário da Elvive (€9,59). Não é demasiado oleoso, tem uma relação qualidade/preço incrível, dura imenso tempo e tem um cheirinho maravilhoso. Já falámos do (8) Oil Reflections da Wella (€7,84) por aqui e estou muito curiosa para testar o (9) Honey Infused Hair Oil da Gisou (€41,99).

Uso os dedos para desembaraçar o cabelo e garantir que o óleo chega a cada bocadinho. Nós desfeitos, penteio com a escova. Na manhã seguinte, lavo o cabelo normalmente – duas vezes, pelo menos. Nunca fiquei com as pontas oleosas. Se lavar o cabelo à noite, aplico o óleo de manhã, antes de sair de casa, e uso um low bun.

O couro cabeludo 

Não indo ao ginásio, é raro lavar o cabelo mais do que uma vez por semana. As pontas estão seguras com o óleo que uso quando as escovo, de manhã e à noite (por ter cabelo liso, escová-lo não é um problema, mas cabelos ondulados podem usar apenas as mãos). Mas e o couro cabeludo? Como é que mantemos o couro cabeludo saudável, quando o privamos de hidratação tanto tempo? Com a utilização de um hidratante como o (10) Natural Moisturizing Factors + HA For Scalp da The Ordinary (€11,99) entre lavagens, um sérum leitoso com uma pipeta que facilita imenso a aplicação. Não o uso diariamente (olá preguiça!), mas podia. Não pesa no cabelo nem o sinto mais oleoso.

Além disso, na noite antes de o lavar, aplico o (11) Phytopolleine da Phyto (€14,75) – ou, pelo menos, 20 minutos antes. A marca explica-o como sendo um concentrado vegetal potenciador e reequilibrante. Para mim, é um cocktail de óleos essenciais que devolve ao couro cabeludo a sua plenitude. Tem um aroma bastante forte – há quem adore e há quem não goste nada. Eu, que sou muito esquisita com cheiros, experimentei a medo, mas voltei a comprar – mais do que uma vez. Diria que o perfume botânico que fica na almofada compensa. 

Do início: lavar duas vezes, esfregar só a raiz, pentear das pontas para a raiz, muito óleo e atenção ao couro cabeludo. Jogando pelo seguro, corte o cabelo só em quarto crescente.  

*Os preços e pontos de venda dos artigos anunciados são representativos. Os preços podem variar e os produtos podem ser adquiridos em diferentes lojas (físicas ou online). 

#emBeleza Carmo Lico

#emBeleza

Tudo o que precisa de saber em Beleza, pela jornalista Carmo Lico. Pele, perfumes, maquilhagem e cabelo: as novidades, os indispensáveis e os que o vão passar a ser, assim que os conhecer.

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