No primeiro dia de NOS Alive, a Activa.pt encontrou Ana Bacalhau e aproveitou para ter uma breve conversa com a artista. Falámos sobre como é estar do outro lado do palco, das emoções provocadas pela música, da escolha do visual e até sobre trabalho.
Como é, para uma artista, estar do outro lado do palco?
Os artistas começam assim, sempre do outro lado do palco. É a nossa aprendizagem, as nossas oficinas onde vemos os grandes mestres. Nestes dias vou ter grandes mestres meus que me inspiraram a fazer música, nomeadamente os Smashing Pumpkins e os Pearl Jam. Eles estão no meu coração e ensinaram-me muita coisa do meu ofício. Por isso é ao mesmo tempo uma lembrança de quem eu era quando tinha 15 anos e também uma celebração desta comunidade a que eu hoje faço parte. Isso é bonito.
Mas agora já olha para um concerto de outra forma, ou não?
Quando é mesmo emotivo, quando falamos de bandas que estiveram presentes na formação de quem eu sou, deixo toda essa bagagem técnica de análise. Naquela hora em que Billy Corgan ou Eddie Vedder pisam o palco eu sou a adolescente de 15 anos. Absoluta emoção! É claro que se alguma coisa correr mal ou se houver um problema técnico, eu já sei o que se está a passar. Olho para os cenários e para o alinhamento e percebo uma ou duas coisas. Mas sinceramente, a emoção toma conta.
E o que podemos dizer da experiência de estar no NOS Alive?
Eu já venho aqui há muitos anos e são sempre concertos que ficam no coração.
Hoje em dia ir a um festival é pensar de outra forma no visual?
O visual que eu pensei para hoje tem um bocado a ver com o grunge. Penso em estar ajustada à música que vai ser tocada, às condições do terreno e estar confortável para ir para o moche e andar ali no meio do público à padeirada.
Isso quer dizer que vê os concertos no meio da multidão?
Smashing e Pearl Jam é mesmo para estar lá no meio. A cantar, a gritar, a chorar provavelmente. Não queiram estar ao meu lado! (risos).
E a nível profissional? Como está a ser o verão?
Está ótimo! Muitos concertos por aí fora e estou a fazer um disco novo que vou editar no início do próximo ano. Portanto, está a ser um ano muito interessante e espero que o próximo seja ainda mais.