O Sudeste Asiático é uma das seis regiões da Ásia, é um destino da moda “instagramável”, um destino que tem ainda sítios mais remotos por descobrir muitas vezes de difícil acesso, o destino preferido dos viajantes de mochila a costas, mas também se tem tornado um destino de famílias e lua-de-mel, embora os sítios mais conhecidos tenham um excesso de turistas. Pelas suas praias paradisíacas, pela sua natureza tropical e os seus aspectos culturais faz com que os países que pertencem a esta região sejam dos mais escolhidos.
Os países são Mianmar, Tailândia, Camboja, Laos e Vietname, Indonésia, Brunei, Timor Leste e Singapura compostos também por ilhas, aumentando ainda mais a diversidade, só os nomes remetem logo para imagens de postal fascinante. Mas o que tem de tranquilidade, paz, sossego e paraíso, tem de confuso, barulho, caos, sujo e cosmopolita oriental, principalmente nas capitais e cidades mais importantes de cada país.
Como cuidados pré viagem, é essencial a marcação de consulta do viajante atempadamente, devendo ser realizada idealmente, com antecedência de 8 a 4 semanas. Permite também orientar toda a medicação e vacinação necessária, iniciar a toma de profilaxia de malária quando é necessário e ver os efeitos secundários que podem surgir, acautelar toda a medicação de viagem que possa ser necessário levar consigo. A responsabilidade pela saúde no estrangeiro incide sobre uma só pessoa, o viajante, ou seja, de si próprio. E já sabe cada viajante tem uma viagem, uma consulta, uma avaliação, uma prescrição. Veja mais aqui para seguir indicações de consulta do viajante. Sem esquecer a necessidade de ter um seguro de viagem internacional que vá de encontro ao seu tipo de viagem.
Relativamente a vacinação e profilaxia existem cuidados muito semelhantes:
Além de ser necessário o cumprimento do Plano Nacional de Vacinação, que só por si é uma protecção enorme e inigualável. Existe um aviso mundial de protecção contra os surtos de sarampo, assim, é fundamental que todos os viajantes internacionais estejam protegidos contra o sarampo, independentemente do seu destino.
A vacinação internacional sugerida para todos os países passa pela vacinação da Hepatite A e Febre Tifóide. O uso de repelentes está mais do que indicado, o risco de Chikungunya e Dengue é uma circunstância presente em todo o sudeste asiático, deve conter um destes componentes: IR3535; Icaridina; DEET; Citriodiol. O uso de repelente, deve ser reforçado de três em três horas, na pele e/ou na roupa. Se necessitar de repelente e protetor solar em simultâneo, comece por aplicar primeiro o protetor solar e depois o repelente. Muitos repelentes reduzem o efeito dos protetores solares e o contrário não acontece. A lista dos repelentes está disponível na DGS está aqui.
A malária também pode beneficiar com esta protecção de repelente, sendo que na região do Sudeste Asiático, com excepção de Singapura e Brunei, está presente em todo o território, havendo sempre maior risco em zonas mais rurais de cada destino. A profilaxia pode ser recomendada/prescrita pelo médico na consulta do viajante.
Durante a estadia, que muitas vezes e repartida por diversos países, com varias paragens e destinos totalmente diferentes, os cuidados com a alimentação e ingestão de bebidas, especialmente de água, deve ter uma atenção redobrada, a presença de diarreia do viajante no Sudeste Asiático é uma realidade com impacto e com perda de qualidade de tempo de lazer durante o período de viagem. Nunca é demais reforçar a importância de levar o estojo de saúde em viagem, podendo ser uma mais-valia para esta situação.
Tendo em conta o número de acidentes de viação no Sudeste Asiático devido a facilidade de aluguer de motociclos e do trafego intenso e desorganizado, apesar de se encontrar num sítio paradisíaco não se esqueça por favor de usar as regras básicas de segurança das estradas, capacete e atenção a velocidade.
No regresso, no pós-viagem fique atento a possíveis sinais e sintomas de mal-estar ou doença, apesar de grande parte dos acontecimentos de doença poderem acontecer no tempo de viagem, existem situações que podem acontecer no regresso. No caso de isto acontecer quando consultar o seu médico assistente refira sempre a sua viagem internacional.
No caso de regressar com algum sinal ou sintoma de doença deverá recorrer a um médico que tenha conhecimentos em saúde de viagens, doenças tropicais ou infecciologista, pela facilidade no reconhecimento de doenças emergentes dos trópicos para uma actuação eficiente e eficaz.
No Sudeste Asiático, quem já foi concorda comigo, é necessário o viajante ser e ter consciência ambiental, são dos países que mais contribuem para a poluição ambiental principalmente com o uso de plásticos, pela falta de uma política de preservação ambiental. Existem pequenos gestos dos turistas que podem fazer toda a diferença. Não compare e siga as indicações do seu Profissional de Saúde de Viagens.
Boa viagem!
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