Numa relação sexual estamos particularmente vulneráveis e, à medida que o prazer aumenta, o físico vai tomando conta de nós e agimos de forma diferente do dia-a-dia. É nestas alturas que, para algumas pessoas, a campaínha de aviso toca e bem alto, estragando o que poderia ser um grande momento.
"Se a pessoa está a ter muito prazer, há mais probabilidade de atingir o orgasmo, aquela fase de libertação máxima, mas também de descontrolo. Se a mulher tem bloqueios e timidez, seja por questões religiosas, morais ou familiares, vai defender-se. É por isso que muitas mulheres se escusam a certas posições sexuais, precisamente aquelas em que ficam mais expostas e lhe dariam, em teoria, mais prazer", explica a psicóloga Sónia Parreira .
"O que muitas vezes acontece é que há mulheres que não conseguem chegar ao orgasmo e nem percebem porquê, quando na verdade há uma defesa inconsciente contra esse momento." Por isso, durante o acto sexual é importante que se consiga vencer a vergonha, deixando o prazer seguir o seu curso natural. Uma maior desinibição dará, também, maior satisfação ao parceiro, melhorando significativamente a relação.
"As pessoas devem conseguir exprimir o que estão a sentir. Não é preciso gritaram desalmadamente, mas é natural e saudável que vão dando conta, ao companheiro de que estão a ter prazer", defende Sónia Parreira.