O espírito gourmet
O melhor é…
… a liberdade de espírito. O trabalho já deixou de ser uma obsessão e está novamente mais livre para apreciar os prazeres carnais. Resultado: aprecia o sexo com o espírito de uma boa apreciadora de vinhos e investe na qualidade em detrimento da quantidade.
… a tolerância. A experiência também trás mais tolerância com as falhas do companheiro e as suas próprias. O sexo não é tudo e o companheirismo é mais valorizado (o que não quer dizer que o sexo deixe de ter importância).
O perigo é…
… ter a fasquia demasiado elevada. Temos mais know-how, mas em compensação, o corpo dá os primeiros sinais de que já não aguenta o ritmo de antigamente. Não deixe que isso a deprima.
… a insegurança. Pessoas a quem o processo de envelhecimento causa ansiedade podem ver o sexo como uma confirmação da sua juventude, o que pode causar ansiedade acrescida. Isto tem repercussões físicas, como a dificuldade de lubrificação que por sua vez aumenta a insegurança e pode acabar por gerar desinteresse sexual. É uma bola de neve.
Como aproveitar ao máximo
– Reinvente as suas fantasias sexuais e as do seu parceiro. O bom da maturidade e de saber o que se gosta e o que nos dá prazer é que nos podemos “descondicionar” de todos os padrões que nos foram incutidos durante a vida sobre como deve ser o sexo.
– Invista na relação. Judi James, autora do best seller “Sex Signals – a Linguagem da Sedução” (Editorial Presença) aconselha-a a evitar os clichés românticos no que toca a relações duradouras. “Jantares à luz das velas depois do trabalho ou fins-de-semana românticos têm à sua volta um ar pré-concebido, um pouco como a noite de ano Novo, em que sabemos que vamos ter de nos divertir. Também implicam que não está a sair-se bem o resto do tempo e que precisa de se esforçar de vez em quando… Tenha em mente que a maioria das pessoas hoje em dia trabalha muitas horas e geralmente está de rastos quando chega a casa.” O melhor será, pois, apostar num melhoramento contínuo e, sobretudo, continuar a prestar atenção ao seu parceiro. Combata a tentação para achar que já sabe tudo o que ele diz ou pensa. As pessoas mudam. Interesse-se verdadeiramente pela pessoa que está ao seu lado. A atenção é um afrodisíaco potente.
-Mantenha o contacto físico. Quando estamos na fase da paixão tocamos constantemente o nosso parceiro. Continue a fazê-lo. “Um pequeno toque quando sair da sala, quando chegar a casa ou quando passar por ele, tem um impacto enorme. Não se limite a toques sexuais, beijos e abraços, toques no pescoço, cabelo e ombros também mantêm a chama viva”, lembra Judi James.
A palavra delas
“Deixei de ter expectativas irrealistas acerca do sexo. Hoje, desfruto do sexo pelo que é e não espero que seja a salvação da minha relação ou a solução dos meus problemas.”
Antónia Parreira, 42.
“Aos 20 confundia sexo e amor, mas não tinha experiência suficiente para aproveitar o sexo na totalidade. Aos 30, já temos mais experiência, mas deixámos de acreditar no príncipe encantado… É aos 40 que sabemos o que queremos, mas é difícil encontrar alguém à altura. No entanto, é agora que tenho mais gosto, interesse e vontade de experimentar coisas novas”.
Susana Félix, 41.
A CADA IDADE O SEU PRAZER: AOS 20
A CADA IDADE O SEU PRAZER: AOS 30