Os amantes não se conhecem em duas noites. São precisos meses, até anos, de descoberta dos pontos erógenos preferidos do parceiro e das posições mais estimulantes, sobretudo quando os corpos têm formatos muito diferentes. Só ao fim de muito tempo alguns casais se sentem à vontade para partilhar fantasias sexuais que sempre mantiveram no segredo dos deuses. Os parceiros de longa data crescem e amadurecem sexualmente e percebem que esse processo leva tempo. Essa é a verdadeira intimidade: a capacidade de partilhar e de aprender que são precisos dois para o prazer ser total.
– Na cama, a liberdade deve ser absoluta. Os complexos de culpa ficam à porta. Todas as práticas sexuais que dois adultos decidam fazer são válidas, desde que consentidas e desejadas por ambos: a época dos pecados mortais já lá vai.
– Os preliminares representam 90% do sexo, e os ‘corredores de fundo’ do amor sabem disso.
– Sexo é dádiva: proporcionar e receber prazer físico. Quem se esquece dessa troca corre o risco de perder o interesse sexual do parceiro… ou de ser substituído rapidamente.
– Um bom amante ajuda o parceiro mais inibido a soltar-se; não passa metade do tempo na cama a criticar o parceiro porque ‘não consegue’ ou porque ‘não se esforça’.
– Aumentem a vossa cultura sexual. O mercado está cheio de bons livros de autores internacionais e nacionais que falam de técnicas e afectos. Depois é só praticar. “Como ser uma boa Amante”, da sexóloga americana Lou Paget, é dedicado exclusivamente às mulheres e é editado pela Dom Quixote. A jornalista espanhola Sylvia de Bejar escreveu um dos livros mais desinibidos e francos sobre o assunto, “O sexo no feminino”, da Bertrand.