1 – O álbum da terra – Ou da casa, ou deles próprios neste momento. Dê-lhes uma máquina descartável (ou o telemóvel, se confiar neles…) e ponha-os a tirar fotografias à rua, a cantos escondidos da casa, a eles próprios, e divirta-se com os resultados.
2 – A árvore genealógica – Pode arranjar uma folha de papel ou de cartolina grande, e desenhar mesmo uma árvore. Em cada ramo, escreva o nome e pendure uma fot
ografia dos irmãos dele, dos pais, avós, bisavós, etc, e uma pequena descrição por baixo. Quando já não houver fotografias, façam um desenho. Quando já não souberem mais, por que não inventar? Mas claro, marque bem que a partir dali são ‘antepassados’ inventados…
3 – A caça aos fantasmas – É um clássico, mas os mais pequenos continuam a adorar, especialmente se tiver uns bons estores que dêem para ficar tudo escuro e uma boa lanterna para investigar os cantos mais escondidos. Os mais velhos adoram, mas não jogue com menores de 3 anos, que geralmente ficam muito assustados.
4 – A batalha das almofadas – É um clássico mas é um ótimo exercício e é excelente para descontrair depois de um dia de stresse. Claro, convém afastar primeiro as jarras…
5 – O baile das princesas – Parece que dá muito trabalho mas quem tem o trabalho todo são elas: se tem meninas a cargo, passe-lhes umas roupas, uns lençóis velhos, uns batons bem vermelhos e uns sapatos de salto alto para se mascararem e depois organizem um chá e comam todas nessas figuras. Se tiver rapazes, também pode perguntar-lhes se querem vestir-se de reis e fazer-lhes uma coroa de papel.
6 – O Telejornal – Tem um banco quadrado? E uma mesa que não seja do século XVI? Ponha o banco em cima da mesa. Depois só precisa de um apresentador que leia as notícias do dia (e que as escreva previamente, claro). É uma boa educação para os média: que notícia se dá primeiro? O que é e não é notícia? Mas o importante é divertir-se e não ‘aprender’: o mais divertido é inventar notícias absurdas e cómicas.
7 – As bonecas de papel – São outro clássico, mas raramente nos lembramos que elas existem… Basta desenhar um modelo, arranjar umas revistas velhas, passar-lhe uma tesoura para a mão (se ela tiver idade para ter tesouras na mão…) e ensinar-lhe a recortar moldes de calças, saias, vestidos de noite…
8 – A caneta da mãe – Tem uma caneta de aparo? Uma máquina de escrever? Ensine-o a escrever ‘como dantes’. Quantos mais borrões, mais eles gostam. Pode escrever uma carta à avó, por exemplo, ou a um amigo.
9 – O tesouro dos piratas – Tem de preparar a caça, mas é muitíssimo fácil e todas as crianças de todas as idades adoram (mesmo alguns adolescentes que não resistem). Pode fazer com 2 crianças e até mesmo só com uma, não junte é crianças de idades muito diferentes porque uma chega lá sempre antes das outras. Escreva vários papelinhos com uma adivinha, do estilo “Estou no sítio onde deitas a cabeça para dormir”. Ponha a próxima pista na almofada, e assim por diante, até chegar ao ‘tesouro’, que pode ser qualquer coisa, desde um presente a sério até uma gracinha simbólica. Não se preocupe muito se não tiver um presente a sério, aquilo a que eles acham verdadeiramente graça é à caça em si. Uma boa ideia: para os aproximar de um tio trombudo numa festa de família, confie-lhe uma das pistas…
10 – Estou daqui a ver… – Uma pessoa observa um objeto qualquer num sítio qualquer, e a outra tem de fazer perguntas a que a resposta só pode ser ‘sim’ ou ‘não’ até adivinhar qual é o objeto. É um jogo que tem a vantagem de poder ser jogado em qualquer lado e com qualquer número de jogadores.
11 – O jogo da maçã – Jogava-se muito há umas gerações atrás, geralmente entre os adolescentes, mas pode ser recuperado com as crianças de hoje: ponha música animada, faça-os segurar uma maçã entre dois dançarinos só com as testas, e vejam qual deles é que se consegue aguentar mais tempo sem deixar cair a maçã…
12 – Adivinha o animal – Se houver várias crianças, faça duas equipas: uma delas chama um elemento da outra equipa e segreda-lhe o nome de um animal. Ela vai ter de imitar o animal de forma a que a sua equipa adivinhe qual é.
13 – O encanto da cozinha – Não deixe que cheguem aos 18 anos sem saberem fazer uma sopa. A cozinha pode ser um parque de diversões fantástico, se tiver cuidados básicos com o fogão e a água a ferver. Ensine-lhes a fazer sanduiches engraçadas, bolinhos, mousses, gelados, sumos, saladas.
14 – Quem é que me encontra… – Uma galinha, um chapéu azul, um quadro com um gato, é vê-los rodar a cabeça em todas as direções. É uma variante do jogo acima, mas também são capazes de estar nisto horas.
15 – Fui a Faro e Vi… – Depois cada um diz uma coisa seguindo as letras do alfabeto: um animal, um barco, uma casa… Muito bom treino para a memória e para as letras, mas há quem não tenha muita paciência.
16 – Cadáver Esquisito – Este exige papel e lápis, e alguma destreza de escrita – o primeiro escreve três linhas e dobra até só se ver a última. Quem vem a seguir continua a história, e no fim desembrulha-se a folha e lê-se. Também pode fazer a versão de contar a história em voz alta e depois o seguinte continua, mas, não se sabe bem porquê, eles não costumam ter muita paciência para esta versão…
17 – O Jogo das Quatro Palavras – Também exige papel e lápis: uma pessoa escreve numa folha as palavras mais absurdas de que se lembrar, e a outra tem de fazer a frase mais curta que conseguir com aquelas quatro palavras. Também costuma ser viciante.
18- Que Letra É Esta? – Com os dedos, trace-lhe uma letra nas costas e ele tem de adivinhar. Quem está a começar a aprender as letras costuma gostar deste jogo.
19 – Quem é? – Bom para um sítio com muita gente: observa-se uma pessoa e inventa-se uma história sobre ela- aquela senhora do vestido verde é na verdade a rainha de um país desconhecido… Desvantagem: nem sempre se consegue ser muito discreto.
20 – 99,98,97… – Contem muito depressa de trás para a frente. É simples, mas em desespero, serve.
21 – O Saco Mistério – Se tiver um saco consigo, enfie lá para dentro alguns objetos. Só por apalpação, eles têm de adivinhar o que lá está.
22 – Mexer o corpo todo – Cada um tenta mexer ao mesmo tempo todas as partes do corpo, incluindo pestanas, cotovelos e dedos dos pés. Muito divertido, e é bom para descontrair, é pena durar tão pouco. Escusado será dizer que só pode fazê-lo com os mais pequeninos, os ‘grandes’ vão achar que se está a fazer figuras verdadeiramente tristes em público.
23 – Quanto tempo passa? – Se tiver um relógio com segundos, ensine-os a medir a pulsação: conte as vezes que o seu coração bate por minuto.
24 – Conta-me um segredo – É um jogo tão tolo que também só pode fazê-lo com menores de sete anos: segrede qualquer coisa. O que quer que seja. Chegue-lhe a boca ao ouvido e murmure: ‘Os cães têm quatro patas’. Ele vai rir-se. Peça-lhe para lhe contar um segredo de volta. Quanto mais parvos, mais vontade de rir dá. Mas nunca se sabe, pode ser que aprenda qualquer coisa…
25 – Forme Governo – Ou seja, conversem… Há ‘motores’ que costumam fazê-los falar: qual foi o dia mais feliz da vida deles? E o momento mais triste? Que fariam se fossem Presidentes por um dia? Que é que gostavam mesmo de fazer quando fossem crescidos? Onde é que iam se tivessem uma Máquina do Tempo?