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Pode ser tão simples como segurar a porta do elevador durante mais uns segundos para esperar por alguém, ajudar um vizinho a levar as compras, sorrir a um desconhecido com cara de quem lhe está a correr mal o dia. Aquilo a que os americanos chamam ‘atos de bondade ao acaso’ são fáceis de pôr em prática e, segundo os especialistas, aumentam as hormonas do bem-estar, a serotonina e a oxitocina.

Ou seja, ser bondoso é bom para quem o pratica e para quem recebe. Além disso, como tudo o que os humanos fazem, a bondade tende a ser contagiosa. Pode fazer a experiência da maneira mais simples: vai no trânsito e quer virar à direita. O carro que vai à sua frente também vai virar mas não faz pisca. Você faz. Imediatamente, o carro de trás também liga o pisca.

Algumas experiências mundiais foram um bocadinho mais longe do que isto. Já em 2008 um estudo da Universidade da British Columbia dava aos participantes um envelope com dinheiro, que deviam gastar até ao fim do dia. Aqueles que gastaram com os outros afirmaram que se sentiram melhor do que aqueles que o gastaram consigo próprios. https://thepsychologist.bps.org.uk/ Em 2018, um estudo focou-se em trabalhadores de uma empresa espanhola que foram divididos em dois grupos: uns tinham de realizar alguns atos de bondade para com os colegas, os outros eram os recetores. Resultado: os recetores adoraram, mas os ‘bondosos’ sentiram-se ainda mais felizes. E além disso, os efeitos da bondade provaram ser contagiosos: quem foi ‘bondoso’ inspirou os outros a fazerem o mesmo tipo de coisa. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/

Desde então, os estudos multiplicam-se a provar que devemos ser cada vez mais uns para os outros. Mas se até a ciência o prova, porque é que isso não acontece mais vezes?

Ser ‘bom’ não é só não ser ‘mau’

Em primeiro lugar, ser bom na maioria das vezes requer um esforço, por mais pequeno que seja, de atenção aos outros. Quer dizer, ser bom não é só não matar ninguém. “Ser bom não é só o que não se faz, mas acima de tudo o que se faz”, nota Sandra Gonçalves, psicóloga e autora do livro ‘psicologia da consciência’. ” A bondade é uma coisa ativa. No filme ‘Chocolate’ há um padrezinho humilde que a certa altura tem de fazer o sermão da Páscoa. E ele diz: ‘A virtude não é definida pelo que excluímos mas por aquilo que nos permitimos incluir”.

Então porque é que a bondade é subvalorizada? Porque é que achamos que ser-se bonzinho é ser-se totó? “Bem, porque se calhar ser ‘bonzinho’ é mesmo ser totó’ (risos). Hoje em dia há cada vez mais formas de sermos enganados, e isso torna-nos muito desconfiados. Como não queremos que se aproveitem de nós, isso cria muita paralisia nas pessoas.”

Tentamos ao mesmo tempo ser fiéis aos nossos valores e não ser ingénuos? “Tal qual. Mas isto é tão difícil! Nós não podemos dar tudo cegamente, porque isso é autodestrutivo. Portanto, muitas vezes os outros precisam de limites. Por outro lado, não sabemos lidar com a nossa ira, que é uma energia ativa, e achamos sempre que é destrutiva. Ora essa energia, que nos serviria muitas vezes para impor saudáveis limites aos outros, nós inibimo-nos de a usar. Não dizemos os nãos que precisamos de dizer, e de repente vemo-nos a braços com abatimento, depressões, mal estar. Portanto, temos de saber dizer aquilo que queremos dizer antes que escale e se transforme noutras coisas.”

Ou seja: muitas vezes, não somos tão bons como poderíamos ser porque temos medo que os outros se aproveitem dessa ‘fraqueza’. E muitas vezes não sabemos defender-nos da ‘maldade’ dos outros. Solução: ser bom não implica ser mártir nem estar ao serviço de quem não nos merece.

O desafio da matriz

Muitas vezes, também não somos bondosos por razões culturais. Como diziam as nossas avós, ‘casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão’. Talvez seja mais fácil ser boa pessoa no Canadá do que no Afeganistão. “A competição e a escassez não trazem nada de bom”, confirma Sandra Gonçalves. “Do ponto de vista evolutivo, alguns dos valores que nos damos ao luxo de poder viver resultam de algum crescimento económico. Quando há mais recursos, logicamente há menos competição. Aliás, a pandemia foi socialmente desafiante: tornou-nos mais competitivos. Porque isso é aquilo para que estamos biologicamente programados. Não tem a ver com bondade ou maldade: tem a ver com a nossa matriz biológica.”

Será que vamos conseguir encontrar formas de lidar com isso? “A sensação é que, enquanto estivemos confinados, de facto fomos melhores pessoas. Mas quando recuperámos o choque com a realidade, encontrámo-nos todos em luta. E isso arrisca-se a diminuir o cuidado com o outro, por exemplo.”

Outra razão porque não somos bondosos com os outros é que não o somos connosco mesmos. “A bondade perante o outro pressupõe a bondade perante nós mesmos”, explica Sandra Gonçalves. “Acima de tudo temos de ser bons para nós. Tem de dizer a si própria, ‘desejo que sejas feliz’. E nós temos tanta dificuldade em fazer isto! Depois disto sim, podemos pensar nos outros e no Planeta Terra e no que seja. Mas o princípio e o principal somos nós. E aqui não há bonzinhos, há um querer-bem genuíno. Neste momento, o nosso desafio é passar de uma cultura de competição para uma cultura de cuidado mútuo. E esse cuidado começa connosco.”

Somos todos bondosos

Outra complexidade do género humano é que a matriz de competição animal, de que falámos há pouco, é posta em causa pela matriz de solidaridade: que ela sim, define o género humano. Em 2014, os arqueólogos fizeram uma descoberta interessante em Israel: os ossos de um pé de um adolescente que sofreu uma lesão gravíssima mas que tinha recuperado bastante bem. A descoberta tinha à volta de 38.000 anos e é reveladora porque mostra que, a não ser que tivesse participado nas caçadas ao pé coxinho, o dono daquele pé teve uma tribo que tratou dele e não o deixou para trás, como o teria feito qualquer animal.

E esta não é a mais antiga evidência de que os sapiens e mesmo os neandertais cuidavam dos seus feridos. Numa descoberta de esqueletos com 70.000 anos, foram encontrados os restos de um homem com 50 anos e cheio de deformidades: um braço paralítico, pernas tortas, parcialmente cego e surdo. Este homem também não teria sobrevivido se a tribo não cuidasse dele.

Ou seja: a competição nasce connosco enquanto animais que somos e dela depende a nossa sobrevivência, mas a bondade desenvolveu-se como característica humana e foi mesmo considerada a responsável pelo nosso sucesso enquanto espécie. Já Darwin dizia que a compaixão era o nosso maior instinto. Claro: continuamos animais, e o egoísmo faz parte dos nossos instintos mais fortes de sobrevivência. O que Darwin e os investigadores depois dele dizem, não é que o egoísmo e a ‘maldade’ não têm um papel na evolução. Mas que a generosidade, o altruísmo e a cooperação têm, e continuam a ter, um papel muito maior.

“Acho que naturalmente nascemos todos bondosos. O género humano evoluiu precisamente devido à solidariedade para com os outros”, confirma Margarida Vieitez, terapeuta de casal, especialista em conflito e mediação e autora de livros como ‘SOS Manipuladores’. “O problema é que muitas vezes nos retraímos de apoiar os outros porque estamos desconfiados e tememos que isso não nos traga grandes benefícios, porque o outro não vai reconhecer isso. Mas isso é a forma errada de abordarmos o problema, porque bondade é dádiva. Quando damos não podemos estar à espera de receber nada em troca.”

Portanto, existe a predisposição para fazer o bem. Mas depois, essa capacidade pode ou não ser potenciada por quem nos educa e nos rodeia. “Nascemos bondosos, mas também temos de nos tornar bondosos, e quando não nos ensinam, isso não se desenvolve”, explica Margarida Vieitez. “Em muitas pessoas, os pais não reconheceram o amor que os filhos tinham para dar nem lhes deram amor, e criaram adultos pouco empáticos. Portanto, não acredito que se nasça má pessoa. Acho que simplesmente os seus modelos não lhes ensinaram a bondade. E aí temos pessoas com comportamentos de egoísmo, de egocentrismo, de crítica, de culpa, de manipulação. Ou então, são pessoas bondosas mas que se deram mal com essa bondade ao longo da vida e a partir daí retraíram-se.”

Porque é que existem ‘más pessoas’

Ok, então já sei que devo ser boa pessoa e quais as armadilhas – mas também benefícios – que essa bondade me traz. Mas agora vamos ao outro lado da moeda: eu sou uma excelente pessoa mas infelizmente, como todos nós já demos por isso, o mundo está cheio de más pessoas (chamemos-lhes assim, para ser mais simples). Como é que posso reconhecê-las e defender-me delas? “Tal como há muitas maneiras de sermos bons, também há muitas maneiras de sermos ‘maus’”, explica Margarida Vieitez. “Mas a maioria tem algumas características em comum: são egocêntricos, preocupam-se pouco com o bem-estar dos outros, são manipuladores, desvalorizam, criticam.”

Uma coisa interessante é que as pessoas ‘más’, ou tóxicas, são atraídas pelas pessoas ‘boas’, e não é só porque as pessoas boas são mais facilmente manipuláveis. “As pessoas más vivem a vida inteira à procura de amor, mesmo enquanto têm comportamentos que prejudicam gravemente os outros. Procuram nos companheiros aquilo que nunca tiveram, e procuram pessoas bondosas, generosas, com muito amor para dar, sempre prontas a ajudar os outros. E estas sentem-se muito atraídas por quem precisa desesperadamente desse amor.”

Problema: as pessoas tóxicas querem tudo isso, mas não querem ou não têm capacidade para dar. “E nenhuma relação funciona sem reciprocidade. Acompanho imensos casais onde para um dos elementos, as necessidades do outro pura e simplesmente não existem, sejam elas quais forem. E isto é muito difícil de mudar, porque já na relação primária, com os pais, isso não existiu, portanto eles não entendem isso e não conseguem dar de volta. São quase todos cegos às necessidades do outro. E não há amor sem bondade como não há amor sem compaixão, sem tolerância, sem dádiva.”

Como defender-me do lado escuro

Então eu tenho a infelicidade de ser a luz e há uma traça à minha volta: como é que eu me defendo deste ataque do lado escuro da ‘força’? E se isto está a soar um bocado ‘Guerra das Estrelas’, é porque ser Jedi no mundo real não é nada fácil. Primeira defesa: não ter de se defender. “Se ainda está a tempo, não escolha pessoas problemáticas para se relacionar”, aconselha Margarida Vieitez. “As pessoas ficam muito encantadas no início da relação, mas os sinais estão lá sempre. Pessoas que apenas querem receber e não dão nada, é um alerta vermelho. As mulheres contentam-se muito com migalhas de amor, com grãozinhos de açúcar: não se contentem com isso. Um homem quando está apaixonado faz tudo. Se isso não acontece, fuja.”

E se já não puder fugir, manter a cabeça fria: “Tentar a cada dia e a cada acontecimento pensar qual é a maneira mais sensata de o resolver. Mas não confronte: esta pessoa dificilmente vai estar disponível para ouvir. Tente manter-se calma e proteger-se sem se deixar contagiar pela toxicidade.”

Se a pessoa tóxica um pai ou mãe, também não vão sofrer grandes alterações, e lidar com isto é um autêntico tsunami de emoções. “Mas pode por exemplo tentar relativizar a situação e não dar muita importância ao que dizem, porque muitas vezes aquilo não tem nada a ver connosco, são só eles com a dor e o sofrimento deles. Tente estar menos tempo em contacto com essas pessoas, porque quando se está menos tempo em contacto geralmente a relação melhora.”

Muitas vezes, os ‘tóxicos’ têm padrões de toxicidade em que querem dominar, controlar, ter poder, e não reconhecem o outro. “Eles nem sabem porque é que são assim, e para eles o problema são os outros, porque isto está muito lá atrás em termos de consciência, na relação primária, em experiências muito dolorosas, que as marcam profundamente. Mas creio que algumas possam despertar para a bondade, quem sabe se ao ler este artigo…”

Conclusão: seria muito bom se conseguíssemos exercer a bondade cada dia, com as pessoas que nos rodeiam. E valorizar mais as coisas boas que acontecem em vez do que é negativo. “O que sentimos é cada vez há menos bondade e empatia”, nota Margarida Vieitez. “Nas coisas mais banais. Vamos no trânsito e ninguém nos deixa passar, se cometemos um erro todos nos caem em cima… Valorizamos cada vez mais a agressão, e a bondade aparece vista como fragilidade, porque a engrenagem está toda focada no interesse. Mas é importante não nos deixarmos levar por essa maré.”

A maior inimiga da bondade

Não se sabe se terá a medalha de ouro, mas uma das maiores inimigas do altruísmo é… a pressa. “Vivemos numa espécie de escassez fundamental”, afirma a jornalista americana Kristi Nelson, diretora da Network for Grateful Living, uma ONG que promove a prática da gratidão. “E essa sensação de escassez leva a que andemos constantemente apressados. Essa necessidade de chegar a algum lado e ter sempre mais leva a que o foco esteja sempre em nós. Começamos a pensar ‘sou eu ou eles’. Sempre.” https://experiencelife.com/article/the-power-of-kindness/

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