Ser feliz é o objetivo da maioria, mas atingi-lo não é assim tão fácil. Até porque a felicidade depende de diferentes fatores, que vão variando consoante as expetativas e valores de cada um. É por isso que a felicidade, para uma pessoa, pode depender diretamente do seu sucesso ou dinheiro, mas para outra estar relacionada com as suas conquistas a nível pessoal. De acordo com especialistas no tema, atualmente a felicidade é um estado que oscila muito entre o consumismo, o sucesso e a dopamina, tendo as relações humanas de qualidade e a capacidade individual de viver o momento presente uma importância particular neste sentimento.
Contudo, e segundo Daniel Lumera, biólogo naturalista, autor e cientista, há uma felicidade que não depende do que nos rodeia e que está apenas relacionada com o nosso nível de consciência. O que nos leva a questionar: a felicidade pode ser quantificada? Perceba em que estágio está:
- O primeiro estágio da felicidade é instintivo: “A ideia e a experiência da felicidade têm uma dimensão puramente sensorial e consistem na satisfação e gozo das paixões ou instintos”, explica o autor.
- O segundo estágio da felicidade tem a ver com conveniência: “Nesta fase, vive-se com a convicção de que alcançar a felicidade depende do quão capaz se é de satisfazer os interesses pessoais.”
- A terceira fase da felicidade é o altruísmo egoísta . “Os interesses do indivíduo passam a incluir os outros. A felicidade consiste em receber admiração e ser amado, aceite e estimado”, diz Daniel Lumera. Quando esta fase amadurece, surge o desejo de ser realmente útil aos outros, experimentando até mesmo a felicidade de dar aos outros.
- A quarta etapa da felicidade não está relacionada com fazer, ter, parecer ou dar, mas com a consciência de ser. A natureza da felicidade reside na experiência da pura consciência de ser.
Neste sentido, no livro “A Biologia da Bondade”, Daniel Lumera escreve que a felicidade se manifesta “como um estado natural do ser, quando estamos plenamente conscientes de existir. Esta é a verdadeira revolução. Estamos condenados à felicidade, só temos que nos render”. Ou seja, independentemente do que nos acontece, é possível ser feliz. Para melhor atingir este estado natural de felicidade, a meditação e a atenção plena são aliados perfeitos, já que elevam o nosso nível de consciência e nos desligam do piloto automático do dia-a-dia.