Sem dramas: como não discutir com a família no Natal
Todas as famílias têm pessoas difíceis ou conflituosas, assuntos tabu, histórias que é melhor não recordar…
O Natal traz consigo reuniões familiares com primos, tias, tios e avós, refeições ou planos com os sogros…. É uma altura para estarmos juntos e todos queremos uma época festiva tranquila. Mas, por vezes, não é fácil. Todas as famílias acolhem pessoas difíceis, querelas históricas ou acontecimentos conflituosos que convidam a um debate aceso à mesa de jantar. No Drama: A Guide to Understanding and Managing Difficult Family Relationships, da psicóloga Nedra Glover, aborda precisamente a melhor forma de gerir as relações familiares quando estas não contribuem para o nosso bem-estar mental ou mesmo para a saúde mental.
COMO GERIR UMA DISCUSSÃO FAMILIAR NO NATAL
“As relações familiares são muitas vezes a principal razão pela qual as pessoas procuram a terapia, e se se perguntar porquê, atrever-me-ia a dizer que é porque a família é onde passamos os nossos anos de formação, bem como uma quantidade considerável de tempo (se não fisicamente, pelo menos mentalmente). E como a infância perfeita não existe, todos temos coisas a trabalhar ao longo da vida. Quando a família se reúne no Natal, é natural que as asperezas venham ao de cima.” À luz da experiência desta psicóloga americana, aqui ficam algums dicas para enfrentar e gerir os conflitos familiares na Consoada.
– Identificar o problema numa fase inicial
Os conflitos podem surgir devido à atitude de uma pessoa ou devido a uma questão controversa, por exemplo. Nestes casos, “ter conversas individuais com antecedência sobre o que esperamos do comportamento do outro” é útil. “Têm de nos respeitar, mesmo que não concordem ou não aceitem as nossas decisões”, explica a psicóloga. E, recorda, “compreender que a família não tem de concordar com as nossas decisões”.
– Gerir estas estratégias anti-discussão
Seja breve: “Determine quanto tempo pode estar com essa pessoa antes de perder a paciência ou de surgir um confronto.”
Evitar discussões acaloradas: “Haverá assuntos sobre os quais não quer falar com essa pessoa. Tenha isto em mente.“
Conte apenas aquilo com que se sente confortável: “Pode contar mais ou menos, dependendo do quanto quer que a pessoa saiba sobre si, mas não tem de dizer nada que não esteja preparado para dizer.“
Investir tempo no reforço da ligação: “Em alguns casos, é melhor investir em tempo de qualidade do que em quantidade de tempo. Não se force a passar mais tempo na companhia deles do que realmente quer. Encontre uma atividade que vos satisfaça a ambos.”
Respeitar as diferenças: “Não há problema em ser diferente, e é importante que ambos aceitem o facto de serem diferentes. Quando decidimos estar com alguém, temos de o aceitar tal como é nos momentos em que estamos juntos e quando estamos separados. Amar alguém pode significar aceitar a sua singularidade.”
Estabeleça limites e mantenha-se fiel a eles: “As relações precisam de limites. Os limites são da sua responsabilidade e, quando os estabelece, é também da sua responsabilidade garantir que são respeitados.”
– Se não conseguir lidar com o “inimigo”, afasta-te dele
“Afaste-se de situações em que se sente desprezado ou ridicularizado por ser como é. Não podemos mudar os outros, mas também não somos obrigados a estar na sua companhia. E lembre-se: pode sempre recusar-se a discutir. ‘Dois não discutem se um não quiser, por isso podemos recusar-nos a discutir uns com os outros’, acrescenta Nedra Glover.
Sem dramas: como não discutir com a família no Natal
Sem dramas: como não discutir com a família no Natal
Sem dramas: como não discutir com a família no Natal