Foto Pexels/Karolina Grabowska

1. Vestem tudo o que nós queremos que eles vistam, sem dizer: “Ai não gosto de cor-de-rosa.”

2. Mais ninguém olha para nós com aquela adoração. Nem o cão.
3. São uma óptima desculpa para se ir passear ao parque (quando ainda temos forças).
4. Têm o tamanho perfeito para caber nos nossos braços (aproveite para lhes dar colo enquanto ainda não querem evadir-se).
5. Quando riem, lembram-nos sempre o avô.
6. Riem por tudo e por nada. E riem-se das coisas certas, quer dizer, de tudo: se rimos para eles, se fazemos uma palhaçada, se pomos um livro na cabeça, se desenrolamos o rolo de papel higiénico, e riem-se connosco, nunca de nós.
7. São optimistas: a seguir a uma birra, já não se lembram que foram muito desgraçados há cinco minutos.
8. Gostam genuinamente de nos ouvir cantar, mesmo que se desafine mais que um garfo a riscar um prato.
9. São bons ouvintes: de quem mais podemos dizer o mesmo?
10. Ainda não dizem: “Eu bem te disse…”
11. Têm sempre qualquer coisa que nos lembra nós próprias em pequeninas (embora geralmente saiam aos pais, os traidores).
12. Sempre que se volta a casa, parece que não nos vêem há anos. Recebem-nos com fogo-de-artifício (se o tivessem). É verdade que é uma alegria que só dura cinco/sete minutos, como o lusco-fusco, depois costuma descambar em birra, mas foi tão bom enquanto durou!
13. Estão sempre prontos para a fotografia.
14. Ficam sempre bem nas fotografias, mesmo que tenham papa até às sobrancelhas.
15. Não temos dúvidas nenhumas de que somos a pessoa mais importante da vida deles.
16. Estão sempre prontos para a brincadeira e não são esquisitos: duas tampas de panela para eles é um ‘play-centre’.
17.Não se importam de ouvir 30 vezes seguidas a mesma história.
18. São capazes de se entreterem meia hora a tirar tachos para fora dos armários. Esperem lá, isto não é assim tão bom… Mas, enfim, sempre é mais intelectual que passar horas agarrado à playstation.
19. Dão-nos vontade de nos tornarmos pessoas melhores. Às vezes ficamo-nos só pela vontade, pois é, mas já é bom chegar-se sequer a pôr a hipótese de nos tornarmos mais caridosas, pacientes, organizadas, calmas, etc.
20. Qualquer coisa os diverte: um lápis a bater num copo, uma careta básica, um jogo de cu-cu, duas mãos a mexer no ar.
21. Sabe-se sempre com o que se conta: se está triste, berra, se está contente, ri. Se tudo fosse assim tão simples…
22 Quando saem do banho, é impossível não lhes encher a cabeça de beijinhos. Quer dizer, se ainda tivermos força anímica.
23. São uma desculpa perfeita para tudo que não nos apetece fazer: se a prima Joana está ao telefone e nunca mais se cala, dizemos: “Olha o bebé está a chorar, tenho de desligar”, se a tia Júlia quer aparecer, “ai na segunda não posso que vou com o bebé ao médico”, enfim, com um bocadinho de ginástica, o pobre é usado para nos facilitar a vida a torto e a direito.
24. É sempre uma surpresa quando se percebe que o pai do bebé até consegue pô-lo a arrotar (e uma surpresa ainda maior é quando está disposto a isso).
25. Temos finalmente uma desculpa para comprar aquelas coisas kitsch que nunca tivemos coragem de assumir sozinhas. Quadros em ponto-cruz, mantinhas com girafas, lençóis com patinhos, papel de parede com abelhinhas. Nunca nos passa pela cabeça que o bebé há-de algum dia ter mais do que para aí 18 meses.
26. Tudo lhes fica bem.
27. Nos aniversários, ainda não querem um smartphone e não fazem cara de parvos a posar para mais uma selfie.
28. Quando comeram bem, limitam-se a arrotar singelamente e a ter um olhar inteligente. Inda não dizem “Não há bolachas de chocolate nesta casa?”

29. Perdoam-nos sempre, mesmo quando achamos que fomos injustos ou não lhes prestámos a devida atenção.
30. Gostam genuinamente de nos ouvir cantar, mesmo que se desafine mais que um garfo a riscar um prato.
31. Ainda não fazem tudo o que podem para nos saltar do colo.
32. Ainda não dizem. “Mas a mãe do Tiago deixa!”

33. Graças a eles, percebemos finalmente por que é que a nossa mãe ainda acha que temos cinco meses, mesmo já sendo avó.
34. Acham que somos Supermulheres e podemos protegê-los de tudo: desde as trovoadas aos monstros do escuro.
35. Mostram-nos que afinal a Humanidade ainda não está perdida, quando um desconhecido prestável à saída do metro nos ajuda a montar o carrinho enquanto o miúdo berra e esperneia como um cabrito.
36. Ficam lindos quando (finalmente…) adormecem.

37. Descobrimos de repente que pertencemos a uma imensa comunidade mundial: o Clube das Mães.
38. Tem-se sempre assunto com qualquer outra mãe.
39. Temos a ilusão de que ainda os podemos moldar e de que eles de facto acatam o que nós dizemos. É ilusão de pouca dura, mas todas as ilusões costumam ser assim…
40. Dependem de nós para as coisas mais básicas. Há quem não ache graça, mas a isto se deve o poder de atracção dos bebés…
41. São ergonómicos. Aquele ar desconjuntado quando a gente os tira da cama, e a forma como se aninham em nós é de partir o coração.
42. O poder de acalmá-los, aquela sensação de que só nós é que conseguimos apagar o choro. Bem, às vezes nem nós, mas este não é um artigo sobre ’50 Razões pelas quais às Vezes nos Apetece Atirar o Bebé pela Janela.’.
43. As turrinhas. O ar compenetrado com que eles estendem a testa, como se fossem o ministro dos negócios estrangeiros a cumprimentar outro ministro dos negócios estrangeiros de um país exótico com um cumprimento típico da terra dele.
44. Cheiram… bem, a bebé.
45. Quando se agarram a nós e não querem ir a outro colo. Pronto, esta é um bocado egoísta da nossa parte, mas ninguém é perfeito. E nós a dizermos: ‘Ó Joãozinho, o que é isso!? Vai lá ao colinho da tia Amélia’ e o Joãozinho de trombas, fincado a nós de mãos e pés como um náufrago do ‘Titanic’, e nós a pensarmos, ‘Ah grande Joãozinho!’.
46. Não refilam da nossa comida. Coitadinhos, ainda não sabem que há no mundo pitéus bastante melhores que sopa de legumes. E até conseguem a fantástica proeza de comer iogurtes naturais sem açúcar!
47. Despertam o palhaço que há em nós. É a única pessoa no mundo que nos ouviu cantar os êxitos do José Cid com a vassoura a fazer de microfone, a única que nos ouviu imitar um porco e uma galinha, a única que nos viu jogar à apanhada de gatas. Escusado será dizer, é também a única que verdadeiramente apreciou tudo isso.
48 . Obrigam-nos a ver o mundo pela primeira vez: olha tão lindo, uma árvore! Um pássaro! Um avião! Um… Aaah! Larga isso! É um caixote! Particularmente nojento!
49 . Graças a eles, descobrimos as fantásticas potencialidades de uma carica. Uma colher de pau. Um guardanapo. Um copo de papel.
50 . Quando forem crescidos, hão-de assegurar-nos a reforma… ou não. Também agora não interessa. Ninguém pensa nisso em frente de um bebé.

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