Para muitas pessoas, encontrar o amor e viver uma relação longa e feliz é o grande objetivo de vida. Contudo, essa missão na maior parte das vezes é uma verdadeira epopeia, com demandas pela pessoa perfeita, confrontos com dates que se revelam um pesadelo, desilusões com o que parecia ser um final feliz e lutas contra o tempo que teima em passar.
Uma jornada que nos faz pensar se tudo não passará de uma questão perseverança, sorte e fé no destino ou se poderá existir algum método lógico que possa ajudar no sucesso desta missão. Segundo Elinor Greenberg, psicóloga e terapeuta norte-americana, devemos acreditar mais na segunda hipótese.
Greenberg analisou pacientes “atraentes, com carreira de sucesso e vidas financeiramente estáveis” que queriam ter uma cara-metade mas não conseguiam manter relacionamentos felizes e duradouros. “Quando fiz esta observação notei alguns padrões comuns”, começa por referir.
Padrões negativos
Em primeiro lugar, destaca as aplicações de encontros: “Muitos dos meus pacientes saiam com pessoas com quem não tinha uma verdadeira química e que eram incompatíveis de uma forma que era impossível de prever através de um perfil”. Um padrão que faz ligação com o segundo que Greenberg encontrou: “Os meus pacientes não eram criteriosos com quem aceitavam sair por estarem desesperados por encontrar alguém”.
Estes pacientes também se “apegavam a relacionamentos sem futuro, por medo de não encontrarem alguém melhor ou na esperança de que as coisas melhorassem de alguma forma”. Além disso, eram pessoas que normalmente não eram bem aconselhadas por amigos ou familiares, que até podiam ser bem intencionados, mas que acabam por prejudicar. “Frases como ‘És muito exigente’ ou ‘O amor vai acabar por te encontrar’ não ajudam”, garante Greenberg.
O método
Ao desvendar os padrões que afetam negativamente os pacientes, Greenberg traçou um método lógico que pode ajudar quem procura encontrar o amor. “É uma abordagem simples para o namoro que aumenta muito as hipóteses de encontrarem uma cara-metade adequada”.
Ponto 1 – Uma pessoa que está atraída e disponível
“A qualquer momento haverá pessoas perto de si solteiras e que o vão considerar atraente. Ignore quem não esteja solteiro e não se sinta atraído por si. Apegar-se a pessoas indisponíveis é dar o seu tempo a um processo doloroso e ineficiente. Se acredita que ninguém se vai sentir atraído por si, provavelmente precisa de psicoterapia antes de usar este conselho. A falta de autoestima vai impedir uma resposta adequada às pessoas que querem aproximar-se de si”.
Ponto 2 – Sentir atração
“Dentro do grupo de pessoas que estão atraídas por si, faça a divisão entre aquelas que considera atraentes e as que não. Ignore aquelas por que não sente atração e não tente racionalizar o motivo, nem perca tempo na esperança de que isso mude”.
Ponto 3 – Preparados para uma relação duradoura.
“No grupo das pessoas que se sentem atraídas por si e por quem também sente atração, haverá aquelas que estão prontas para escolher um parceiro para vida e outras que não. Aproxime-se de quem tem os mesmo objetivos dentro deste subgrupo. Não perca tempo a namorar com quem não quer mais nada para o futuro”.
Ponto 4 – Seja a prioridade
“Neste subgrupo de pessoas que são atraente, o consideram atraente e procuram um parceiro para a vida, encontre quem o tenha como primeira opção. Ignore quem perdeu o interesse após a aproximação e não perca tempo a procurar os motivos para a mudança. Escolha quem também o escolhe”.
Em jeito de conclusão, Greenberg apela à racionalização no momento de se entregar a um parceiro para a vida. “Ainda que existam milhares de pessoas disponíveis, escolha alguém que seja atraente e solteiro, que o considere atraente, que esteja pronto para escolher agora um parceiro para a vida e que queira que essa pessoa seja você. Elimine da sua lista de hipóteses qualquer pessoa que não corresponda a estes critérios e guarde os seus sentimentos românticos para quem os atenda”.
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