É claro que existem riscos neste tipo de transacções, como a hipótese de se obterem dados pessoais, caso do número da sua conta bancária ou do seu cartão de crédito, para fins ilícitos. Isto sem contar com a possibilidade da inexistência física do vendedor, da não entrega do produto ou do desrespeito pela garantia e assistência técnica. É por isso que certas precauções são fundamentais.
*Avalie se o site está devidamente identificado:
deve constar o nome de empresa e o número de contribuinte, bem como informações sobre a política de privacidade e de segurança. Se apenas estiver disponível um apartado ou um email, esqueça.
*Certifique-se que é ‘seguro’ antes de fornecer qualquer dado pessoal.
Ou seja, se tem mecanismos electrónicos que tornam a informação que vai disponibilizar inacessível a terceiros. Essa informação é dada pela existência do símbolo de um cadeado na parte inferior da página ou pelas palavras ‘verysign secured’. Isto significa que os seus dados são ‘encriptados’: mesmo que sejam interceptados por terceiros, serão ininteligíveis pois estão escritos em código.
*Leia atentamente a descrição do produto
, em especial se for em segunda mão. No caso de sites estrangeiros, tenha presente que palavras como vintage podem indicar que o produto não se encontra nas melhores condições.
*Atenção à moeda e aos custos de transportes associados.
Isto porque, se a compra for efectuada dentro da União Europeia, não paga direitos alfandegários, mas há a possibilidade de que tal aconteça caso a compra seja efectuada noutro país, como os Estados Unidos ou Canadá (nesse caso, encontram-se isentas as compras de valor global inferior a 22 euros ou quando se tratam de transacções entre particulares de valor inferior a 45 euros).
*Verifique a data prevista de entrega do produto.
No caso da legislação europeia o prazo máximo normal para entrega do produto é 30 dias após a encomenda.
*Atenção às condições de devolução:
Segundo as leis da União Europeia, dispõe de um limite mínimo de sete dias (se o vendedor for português, sobe para 14 dias) para devolver o produto e receber o dinheiro, sem sofrer qualquer tipo de penalização ou ter de justificar o motivo. Verifique se essa cláusula, designada "direito de arrependimento", está salvaguardada.
*Imprima e guarde toda a informação relativa à transacção
, ou seja, quer a descrição do produto como as condições de venda, o preço, o comprovativo de venda, os custos de transporte, os e-mails recebidos e enviados. Esteja sempre atenta ao extracto do seu cartão de modo a ter a certeza que está a ser cobrada a quantia correcta.
*Se o produtos chegar danificado, não o receba,
ou seja, não assine nada e devolva-o de imediato ao vendedor ou à empresa de transporte que procedeu à entrega, mencionando no documento de devolução que o produto ou a embalagem se apresentavam danificados.
*Caso não receba o produto encomendado, contacte o vendedor
para que este efectue as diligências necessárias. Reclame por escrito, fixando um prazo limite para a entrega, por carta com aviso de recepção. Caso não obtenha resposta satisfatória, recorra ao Centro Europeu do Consumidor.
*Se o produto é defeituoso ou não tem as características encomendadas, devolva-o
e exija a reparação ou a devolução do dinheiro na íntegra. Reclame de imediato, por escrito, guardando-o uma cópia do documento. Fixe ao vendedor um prazo de resposta e indique a sua pretensão. Na maior parte dos países, o consumidor tem de aceitar, como primeira opção, a reparação do produto. Caso compre a um vendedor português, terá a possibilidade de exigir em alternativa a reparação, a substituição, a anulação do contrato ou mesmo a redução do preço.
Lembre-se que, de acordo com a legislação europeia, qualquer produto está sujeito à uma garantia legal de dois anos. Note que, caso compre a um particular, já não tem os dois anos de garantia, o que acontece nos leilões.